Financiadores de pesquisa em saúde definem diretrizes para o enfrentamento de novas pandemias


 

A Global Research Collaboration for Infectious Disease Preparedness (Glopid-R) reúne instituições financiadoras que investem em pesquisas relacionadas com doenças infecciosas novas ou reemergentes, tendo por objetivo preparar as sociedades e acelerar a resposta a surtos com potencial pandêmico. Os membros são agências nacionais de financiamento à ciência, institutos de pesquisa acadêmica e organizações filantrópicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma das entidades globais que participam como observadora. No Brasil, integram a Glopid-R o Instituto Butantan, em São Paulo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e a FAPESP, que sediou, nos dias 24 e 25 de outubro, a nona edição da assembleia geral da Glopid-R.

A Glopid-R dispõe atualmente de duas articulações regionais: uma na Ásia e outra na África. Esses hubs atendem à necessidade de conectar as agências de fomento com instituições governamentais e da sociedade, visando a prontidão e a eficácia da resposta diante de novos surtos com potencial epidêmico ou pandêmico. Um dos grandes saldos da nona assembleia geral foi a forte recomendação para a constituição de um hub latino-americano. “Mais do que isso: iniciamos a discussão para constituirmos esse hub em parceria com o Instituto Adolfo Lutz. A ideia é aglutinar outras organizações regionais e nacionais”, disse Reinaldo Salomão, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e um dos principais organizadores do evento, no qual representou a FAPESP.

Pela primeira vez, uma assembleia geral da Glopid-R incluiu sessões abertas ao público, possibilitando o intercâmbio dos integrantes da colaboração com dirigentes de instituições regionais, pesquisadores e estudantes de pós-graduação.

A Glopid-R foi criada em fevereiro de 2013 em Bruxelas, Bélgica, por recomendação de chefes de organizações internacionais de pesquisa. A pandemia de COVID-19 foi um grande teste para a colaboração, que respondeu positivamente com a criação dos primeiros hubs regionais para maior inclusão do Sul Global. Com base em um sistema rotativo de gestão, o mandato da atual diretoria, presidida por Charu Kaushic, encerrou-se agora, e a entidade entrou em um período de transição para a composição do novo corpo diretivo, que deve ser escolhido até janeiro de 2024.

 

As sessões abertas da nona assembleia geral da Glopid-R podem ser assistidas aqui!

 

Fonte:

José Tadeu Arantes – Agência FAPESP