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BARROS, Aluísio J. D.; BASTOS, João Luiz; DAMASO, Andréa H.. Gasto catastrófico com saúde no Brasil: planos privados de saúde não parecem ser a solução. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 27, supl. 2, p. s254-s262, 2011. Disponível em Scielo
O objetivo deste trabalho foi estimar o gasto catastrófico em saúde no Brasil e identificar indicadores de vulnerabilidade. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 foram utilizados para derivar consumo domiciliar total, despesa com saúde e renda domiciliar. Posição socioeconômica foi definida por meio de quintis do Indicador Econômico Nacional, usando pontos de corte de referência para o país. A análise se restringiu a domicílios urbanos. Gasto catastrófico em saúde foi definido como o gasto além de 10% e 20% do consumo domiciliar total e além de 40% da capacidade de pagar. Estimativas do gasto catastrófico em saúde variaram de 2% a 16%, dependendo da definição. Para a maioria delas, ele foi mais alto entre os pobres. A Região Centro-oeste apresentou as maiores proporções de gasto catastrófico em saúde, enquanto que o Sul e o Sudeste apresentaram as mais baixas. Presença de um idoso, plano privado de saúde e posição socioeconômica se associaram com o desfecho, sendo que a cobertura por plano de saúde não protegeu contra o gasto catastrófico em saúde.