HEMOFILIA A; HEMOFILIA B


CUSTOS E ANÁLISE DE CUSTOS; ARTROPATIAS

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FERREIRA, Adriana Aparecida; BRUM, Igor Vilela; SOUZA, João Vítor de Lanna; LEITE, Isabel Cristina Gonçalves. Custo-análise do tratamento da hemofilia em um hemocentro público brasileiro. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, [online], v. 28, n. 4, p. 556-566, 2021. Disponível em Scielo

Introdução: hemofilia é uma coagulopatia rara, tratada com reposição do fator de coagulação deficiente. Objetivo: avaliar custos diretos do tratamento da hemofilia pela perspectiva do Sistema Único de Saúde brasileiro, destacando o impacto nos custos das novas modalidades terapêuticas. Método: análise econômica parcial dos custos diretos da hemofilia. Foram coletados dados de prontuários de pacientes do Hemocentro de Juiz de Fora de 2011-2015. Aos atendimentos, exames, hospitalizações e medicamentos, foram atribuídos custos conforme as Tabelas de Preços da Agência de Vigilância Sanitária e de Procedimentos e Medicamentos do SUS. Resultados: entre 98 pacientes avaliados, 76 tinham hemofilia A e 43,3%, hemofilia grave. O número de consultas e o consumo de concentrados de fatores da coagulação foram mais altos na hemofilia grave. Hospitalizações foram raras. Os custos diretos aumentaram 286,8% entre 2011-2015. O custo anual médio por paciente foi R$57.416,43 sem diferença significativa entre hemofilia A e B. Os concentrados de fator corresponderam a 99,46% dos custos totais. O impacto nos custos foi de mais de R$6.000.000,00. Conclusão: custos diretos da hemofilia são altos, principalmente devido aos concentrados de fator. O aumento nos custos com as novas tecnologias foi muito elevado embora ainda haja áreas com ineficiências no tratamento da hemofilia.