Hirsutismo é o aumento da quantidade de pelos no corpo da mulher em locais comuns ao homem. Embora seja raro, costuma afetar as mulheres durante os anos férteis e após a menopausa.
Sintomas:
O principal sintoma é o surgimento de pelos em regiões não comuns às mulheres como queixo, buço, parte de baixo do abdômen, ao redor dos mamilos, entre as mamas, nádegas e na parte interna das coxas.
Causas:
O hirsutismo pode ser provocado por fatores genéticos, uso de certos medicamentos, irregularidade menstrual, alterações hormonais, infertilidade e acne, mas muitos casos não têm causa definida.
– Hirsutismo familiar: O crescimento de pelos ocorre, mas não por causa dos ciclos menstruais ou de um desequilíbrio dos hormônios masculinos, que, nesse tipo, estão normais. Nesse caso, a condição é antiga, e pode estar associada a alguns grupos étnicos específicos.
– Excesso de hormônios masculinos: O hirsutismo pode estar ligado ao excesso de produção de hormônios masculinos pelas glândulas adrenais e os ovários. Em geral, nestes casos o surgimento dos pelos é progressivo, e deve ser investigado. As causas mais comuns são distúrbios na regulação da produção dos hormônios sexuais e seu balanço, e muito raramente, tumores nos ovários ou nas glândulas suprarrenais.
– Síndrome dos ovários policísticos (SOP): Esta síndrome é associada ao conjunto de mudanças que a mulher sofre no seu ciclo menstrual por alterações hormonais, obesidade, acne e infertilidade. Assim, o hirsutismo também pode se manifestar em decorrência da SOP.
Tratamento:
O tratamento do hirsutismo varia de acordo com a causa e com outras doenças que possam estar associadas e que requerem intervenção direta e, quase sempre, especializada. Em linhas gerais, o objetivo é combater o excesso de hormônios masculinos (se houver) ou bloquear sua ação na estrutura que dá origem ao pelo.
O primeiro passo é controlar o excesso de peso. Perder 5% do peso corporal representa medida de extrema importância no tratamento do hirsutismo, uma vez que o tecido gorduroso tem também a função de sintetizar vários hormônios.
Os tratamentos que bloqueiam a ação dos hormônios masculinos são muito empregados, porém, os resultados começam a aparecer em um período entre três e seis meses.
Paralelamente aos medicamentos, pode ser necessário fazer a remoção física dos pelos. Entre os métodos, há a raspagem; a depilação com cera ou cremes depilatórios; a utilização de pinças; e eletrólise e depilação com laser, sendo estas últimas técnicas mais duradouras para evitar o surgimento de pelos. A escolha do método pode ser discutida com o médico dermatologista.
Abaixo, seguem alguns pontos importantes a considerar em relação aos tratamentos cosméticos:
– Cremes depilatórios: podem gerar irritação e até queimaduras se usados incorretamente ou em desacordo com as indicações exatas passadas pelo fabricante. É essencial ler sempre a bula e/ou as instruções do produto adquirido;
– Laser e luz pulsada: opção mais rápida e eficiente para a remoção dos pelos. Há diversos aparelhos com princípios técnicos muito diferentes em uso para este fim. A escolha do melhor a ser usado em cada caso, a eficácia e os possíveis efeitos colaterais (manchas, queimaduras, ausências de resultados, aumento dos pelos) devem ser discutidos com o médico dermatologista que irá aplicar o método. Isso deve ser feito para que todas as dúvidas sejam sanadas antes do início de um tratamento. Esse simples cuidado de não iniciar um tratamento sem saber exatamente o que esperar, evita muitos descontentamentos por parte do paciente quanto a expectativas errôneas ou irreais, ou quando surgem efeitos indesejáveis.
– Eletrólise: método antigo que também pode causar inflamação nas estruturas que dão origem ao pelo (folicilite) e escurecimento pela inflamação provocada. É indicada para os pelos brancos, que não reagem ao laser.
Prevenção:
As formas de hirsutismo que podem ser prevenidas dependem de evitar o uso de esteroides anabolizantes e tratar adequadamente a síndrome dos ovários policísticos.
Recomendações:
A prescrição de medicamentos deve ficar a cargo de um médico, já que muitas drogas são contraindicadas por seus efeitos adversos nesses casos. Até mesmo a eletrólise, a fotodepilação e a depilação a laser, consideradas procedimentos seguros para tratamento do hirsutismo, são contraindicadas para mulheres com diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças de pele e durante a gravidez, por exemplo.
Converse com o dermatologista se notar qualquer anormalidade na pele, antes ou depois de passar por um processo de depilação, pois alguns procedimentos favorecem o aparecimento de pelos encravados e de foliculite.
Evite tomar sol pelo menos nas primeiras 24 horas depois das sessões de depilação e não se esqueça de aplicar o protetor solar regularmente nas áreas depiladas.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
Dica elaborada em dezembro de 2020.
Fontes: