Esta importante atividade mundial foi criada pela World Hypertension League (WHL) e realizada pela primeira vez em 14 de maio de 2005, com o tema: Conheça seus números! O Dia Mundial da Hipertensão foi um sucesso retumbante com a participação de 24 países e, desde então, tem sido um evento anual em constante expansão.
Seu objetivo é comunicar ao público leigo a importância da hipertensão e suas complicações médicas graves, e fornecer informações sobre prevenção, detecção e tratamento. Fazer isso requer a cooperação de profissionais de saúde, mídia, organizações voluntárias e governo em cada país.
As Doenças Cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte nas Américas, e a Hipertensão Arterial (HA) é responsável por mais de 50% das DCV. Infelizmente, mais de um quarto das mulheres adultas e quatro em cada dez homens adultos têm hipertensão no continente americano, e tanto o diagnóstico quanto o tratamento e o controle tem sido ineficazes.
Apenas alguns países apresentam uma taxa de controle da hipertensão populacional superior a 50%. Com o objetivo de reduzir o índice das DCV, a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) criou a Iniciativa HEARTS nas Américas, que vem sendo implementada em quase 1.400 unidades de saúde e 22 países em toda a Região.
Até 2025, o HEARTS será o modelo de gestão de risco de doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão, diabetes, e dislipidemia, na atenção primária à saúde nas Américas.
O Brasil aderiu à estratégia internacional HEARTS em março de 2021. “Esta é uma agenda prioritária para nossos países. O Brasil tem mais de 380 mil óbitos todos os anos por doenças do coração. Mil pessoas morrem por dia de doenças cardiovasculares. Claro que essas doenças não são infecciosas e, por isso, não podemos chamar de pandemia. Mas, em relação a número, têm uma importância tão grande quanto. Assinamos um termo de cooperação para criar um projeto de médio e longo prazo para reduzir a mortalidade cardiovascular”, afirmou o ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, durante o lançamento da iniciativa no país.
A pressão alta, como é chamada popularmente, é a elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.
A hipertensão arterial pode ser primária, quando geneticamente determinada ou secundária, quando decorrente de outros problemas de saúde, como doenças renais, da tireoide ou das suprarrenais. É fundamental diagnosticar a origem do problema para que seja introduzido o tratamento adequado.
Sintomas:
Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão podem ser os sinais de alerta, entretanto, a hipertensão geralmente é silenciosa, sendo importante medi-la regularmente.
Principais causas:
Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal, associado a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o seu surgimento.
Tratamento e cuidados após o diagnóstico:
A hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada. Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, com mudança de hábitos alimentares, redução no consumo de sal, atividade física regular, não fumar, moderar o consumo de álcool, entre outros.
Complicações:
As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral, também conhecido como AVC, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. O tratamento, de forma continua, amplia a qualidade e a expectativa de vida.
Prevenção e controle:
– manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;
– não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
– praticar atividade física regular;
– aproveitar momentos de lazer;
– abandonar o fumo;
– moderar o consumo de álcool;
– evitar alimentos gordurosos;
– controlar o diabetes.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) lançou a Campanha de Hipertensão 2022 em comemoração ao Dia Nacional de Prevenção e Combate a Hipertensão Arterial (26 de abril) e o Dia Mundial de Hipertensão (17 de maio).
O tema deste ano é Meça a Pressão e Descomplique a Vida, reforçando a importância da medida da pressão arterial para o diagnóstico e do controle da pressão por adoção de hábitos saudáveis de vida e uso correto da medicação quando indicado para prevenir as principais complicações da doença, como o infarto do miocárdio, AVC e doença renal.
Neste período, a SBH realiza uma série de ações virtuais incluindo novos podcasts pela equipe multiprofissional e disponibiliza material informativo para impressão e distribuição.
As ações da Sociedade para a campanha anual podem ser acompanhadas em seu site.
Fontes:
HEARTS nas Américas/OPAS
Organização Pan-americana da Saúde
Sociedade Brasileira de Hipertensão
World Hypertension League