O Dia Mundial da Hipertensão é uma campanha global de conscientização. Com o tema “Meça sua pressão arterial com precisão, controle-a, viva mais”, a celebração pretende mostrar a importância da precisão na medição da pressão arterial, como ferramenta para o controle das doenças não transmissíveis (DNTs) relacionadas à pressão alta, especialmente em áreas de baixa e média renda.
A medição precisa da pressão arterial é fundamental para o diagnóstico, prevenção e controle eficazes da hipertensão e isso pode ser alcançado com o uso de dispositivos automatizados clinicamente validados, adoção de um protocolo de medição correto e preparação adequada do paciente.
As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte nas Américas e a hipertensão arterial é responsável por mais de 50% desses óbitos. Infelizmente, nesta Região, mais de um quarto das mulheres adultas e quatro em cada dez homens adultos têm hipertensão, e o diagnóstico, o tratamento e o controle são subótimos. Apenas alguns países apresentam uma taxa de controle da doença superior a 50% na população.
Em resposta a essa questão, a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) lançou a HEARTS nas Américas – uma iniciativa de redução do risco de DCV focada na melhoria da qualidade dos cuidados primários – que está sendo implementada em mais de 3.000 unidades de saúde em 33 países.
No Brasil, a hipertensão arterial atinge cerca de 27,9% da população, de acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2023. Ainda segundo o levantamento do Vigitel, a prevalência do diagnóstico médico é maior entre mulheres (29,3%) do que entre homens (26,4%) nas 27 capitais brasileiras. Entretanto, em ambos os sexos, a frequência aumentou com a idade e diminuiu com o nível de escolaridade.
Hipertensão arterial, hipertensão ou pressão alta, é uma doença que ataca os vasos sanguíneos, o coração, o cérebro ou os olhos, podendo provocar doenças renais crônicas e morte prematura. Ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg.
A condição é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos seus níveis, entre eles:
– fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, ingestão excessiva de sal, níveis altos de colesterol, falta de atividade física;
– além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior em indivíduos da raça negra, que aumenta com a idade, que é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50 anos e em diabéticos.
Por se tratar de um mal silencioso, podem ou não ocorrer sintomas. Quando estes aparecem, os principais são: tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão.
A pressão alta não tem cura, mas pode ser tratada e controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, mas além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:
– manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;
– não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
– praticar atividade física regular;
– aproveitar momentos de lazer;
– abandonar o fumo;
– moderar o consumo de álcool;
– evitar alimentos gordurosos;
– controlar o diabetes.
Fontes:
Ministério da Saúde
Organização Pan-americana de Saúde (OPAS)
Sociedade Brasileira de Hipertensão
World Hypertension League