Região também receberá embarcações para transporte dos profissionais de saúde e novo sistema de abastecimento de água potável.
Os mais de 80 mil indígenas que vivem na região do Alto Solimões receberam um reforço importante para ampliar e melhorar a assistência à saúde prestada na região. Nesta sexta-feira (6/11), o ministro da Saúde, Marcelo Castro, acompanhado do secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves de Souza, entregou 1.176 equipamentos médico hospitalares e de informática para os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) Alto Rio Solimões e Vale do Javari. Também foram entregues sete embarcações e insumos para esses dois distritos indígenas. Para a iniciativa, o Ministério da Saúde investiu R$ 4,3 milhões, sendo R$ 1,9 milhão para a compra de equipamentos e embarcações e R$ 2,4 milhões para a reforma e ampliação do sistema de abastecimento de água.
Fazem parte dos equipamentos encaminhados aos DSEIs: cadeiras odontológicas, aparelhos para medir pressão arterial, cadeiras de roda, estetoscópios, desfibriladores, nebulizadores portáteis, computadores e impressoras. Também foram entregues sete embarcações que irão facilitar o acesso dos profissionais de saúde às aldeias. Além disso, serão disponibilizados equipamentos laboratoriais que possibilitará a realização de exames sem a necessidade de deslocamento do paciente para outros municípios.
“A entrega de mais de mil equipamentos médicos e de sete embarcações para auxiliar os profissionais de saúde no deslocamento de áreas de difícil acesso demonstram o compromisso do Ministério da Saúde com a ampliação e qualificação da oferta de assistência à saúde na população indígena”, enfatizou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
A iniciativa é resultado do projeto QualiSUS, criado em 2011 pelo Ministério da Saúde em parceria com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), que garante recursos para implantação de serviços, reestruturação dos existentes e aquisição de equipamentos. Apenas nas quatro regiões (Região de Fronteira Internacional de Ponta Porã/Dourados/MS; Região Amazônica com destacada presença indígena do Alto Solimões/AM; Região de Fronteira Agrícola do Vale do Médio Rio São Francisco – PE e BA; Região de Fronteira Interestadual do Bico do Papagaio – TO/PA/MA) o projeto assegurou investimento da ordem de R$ 22,4 milhões, sendo que a Região Amazônica recebeu, por meio do projeto, R$ 5,5 milhões.
Foram beneficiados com a medida os DSEIs do Alto Rio Solimões, Médio Solimões e Vale do Javari e seus 16 Polos Base – unidades de apoio para o atendimento direto à população indígena que é feito em Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI). A chegada desses equipamentos irá melhorar a condição do atendimento e levar mais estrutura para as equipes multidisciplinares de saúde indígena que atuam na região.
SANEAMENTO – O ministro Marcelo Castro entregou também a primeira etapa da obra de reforma e ampliação do Sistema de Abastecimento/Estação de Tratamento de Água na aldeia Belém do Solimões, na margem do Rio Solimões.
“Esse é um investimento importante para a saúde dessas 233 famílias que vivem na aldeia e serão beneficiadas diretamente. Além disso, o Polo Base Belém de Solimões, os alojamento das equipes de saúde e a escola também serão atendidos pela obra, que é fundamental para a prevenção de doenças”, ressalta Castro.
Esta será a primeira vez que a população indígena da Aldeia Belém do Solimões terá acesso à água potável de qualidade. Além de construir todo o sistema que irá levar água a essa famílias, foram construídos quatro chafarizes para facilitar o acesso da população à agua. Ao todo, mais de 5,5 mil indígenas serão atendidos com a obra.
SAÚDE INDÍGENA – O atendimento à saúde da população indígena que vive nas aldeias é uma prioridade do Ministério da Saúde. Em quatro anos, o orçamento da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) aumentou em 221%, passando de R$ 431,5 milhões, em 2011, para R$ 1,39 bilhão em 2015.
A Sesai é responsável pela gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS (SASISUS) e pela execução de ações de atenção básica e saneamento básico para cerca de 700 mil indígenas, pertencentes a 305 povos indígenas, que vivem em 5.652 aldeias, sendo a maioria delas em áreas remotas e de difícil acesso.
Entre os avanços está a inclusão de médicos em todos os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). O Programa Mais Médicos ampliou em 336 o número de profissionais atuando nessas áreas, que era de 164, em 2010, passando para 542 em 2015. Com isso, o total de profissionais atendendo nas aldeias aumentou 229%. Somente os DSEIs do Alto Rio Solimões, Médio Solimões e Vale do Javari contam com a presença de 38 médicos do Programa Mais Médicos garantem o atendimento de 78 mil indígenas.
Pela primeira vez, todos os DSEIs passaram a contar com médicos nas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena, que contam também com enfermeiros, cirurgiões dentistas, técnicos de enfermagem, auxiliares de saúde bucal, agentes indígenas de saúde e agentes indígenas de saneamento.
ACRE – Também nesta sexta-feira, o ministro visita às obras do Hospital de Traumato-Ortopedia do Acre e do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, além de conhecer a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cidade do Povo. A agenda do ministro na capital acreana inclui ainda um encontro com portadores de hepatite C, no Serviço de Assistência Especializada do Hospital das Clínicas, que foram beneficiados recentemente com os novos medicamentos para o tratamento da doença. A terapia ofertada pelo SUS aumenta as chances de cura e garante ao paciente mais conforto e qualidade de vida.
Camila Bogaz, da Agência Saúde
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