À medida que o número de mortos por COVID-19 ultrapassa 2,6 milhões nas Américas e as restrições são suspensas, os países devem se preparar para responder rapidamente a novas variantes ou surtos.
Dois anos após a COVID-19 ser caracterizada como uma pandemia, e em um momento em que as medidas de saúde pública estão sendo suspensas em muitas partes das Américas, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, alertou os países afirmando que ainda é muito cedo para baixar a guarda.
“Quando os lugares relaxam as medidas no momento errado, a transmissão aumenta perigosamente e perdemos mais vidas”, disse Etienne na coletiva de imprensa semanal da OPAS, realizada nesta quarta-feira (9). A diretora da Organização pediu aos países que baseiem suas decisões em avaliações de risco e dados de saúde, e que reforcem as orientações de saúde pública se casos aumentarem.
Refletindo sobre os últimos dois anos da pandemia, a diretora da OPAS informou que as Américas foram mais atingidas pela COVID-19 do que qualquer outra região do mundo, com mais de 2,6 milhões de vidas perdidas – metade de todas as mortes globais. “Esta é uma tragédia de enormes proporções e seus efeitos serão sentidos nos próximos anos. ”
Etienne também alertou que “a pandemia ainda é uma ameaça”, com países observando números recordes de novas infecções durante a onda da variante Ômicron. As Américas responderam por 63% dos novos casos globais apenas nos primeiros dois meses de 2022. “Todos nós queremos que a pandemia termine, mas o otimismo por si só não pode controlar o vírus”, disse.
Os países devem aproveitar as lições dos últimos dois anos e se preparar para uma ação rápida, bem como ajustar as orientações de saúde pública caso surja uma nova variante ou ocorram surtos – garantindo vigilância contínua e disponibilizando testes prontamente, mesmo quando a transmissão é baixa.
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