NEOPLASIAS DO COLO DO ÚTERO


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GONZAGA, Carolina Maciel Reiset al. Tendência da mortalidade por câncer do colo do útero no Brasil: 1980 a 2009. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 3, p. 599-608, mar. 2013. Disponível em Scielo

O objetivo deste estudo foi fornecer um quadro quanto à tendência da mortalidade por câncer do colo de útero no Brasil, em suas regiões e estados, entre 1980 e 2009. Estudo ecológico de série temporal, com uso de informações sobre óbitos (Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM) e base demográfica (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE). Foram realizadas análises das tendências da mortalidade por meio da regressão de Poisson. Houve estabilização nas taxas de mortalidade no Brasil. Nas regiões, houve queda no Sul (-4,1%), Sudeste (-3,3%) e Centro-Oeste (-1%); aumento no Nordeste (3,5%) e Norte (2,7%). As maiores reduções foram observadas em São Paulo (-5,1%), Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Paraná (-4,0%). Os maiores aumentos foram observados na Paraíba (12,4%), Maranhão (9,8%) e Tocantins (8,9%). No Brasil, houve estabilização na mortalidade por câncer do colo do útero. No entanto, houve redução em 3 regiões e em 10 estados, enquanto, em 2 regiões e em outros 10 estados, a mortalidade segue aumentando. Uma das razões para essa disparidade pode ser o menor acesso ao tratamento para as pacientes de áreas menos desenvolvidas.