O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas (WLAD) é uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre o linfoma, uma forma cada vez mais comum de câncer. É uma iniciativa global patrocinada pela Lymphoma Coalition iniciada em 2004 com o objetivo de conscientizar o público sobre os subtipos de linfoma e a importância do reconhecimento de sintomas, diagnóstico precoce e tratamento.
Em todo o mundo, mais de 735.000 pessoas são diagnosticadas com linfoma, incluindo a leucemia linfocítica crônica, a cada ano. Com esse tipo de câncer menos conhecido, os pacientes enfrentam uma variedade de desafios únicos e precisam contar com o apoio de uma equipe de profissionais e conexões pessoais ao longo de sua experiência com o câncer.
A campanha mundial de 2021 convida a comunidade global para dizer: “Nós Não Podemos Esperar” para pôr fim às consequências indesejadas que a pandemia teve entre as pessoas com linfoma.
Em todo o mundo, pacientes têm enfrentado acesso reduzido a cuidados, tratamento e suporte. Da mesma forma, devido à falta de acesso a profissionais médicos e a hesitação em procurar atendimento médico ao apresentar sintomas, houve menos diagnósticos e, como consequência, espera-se um câncer mais avançado.
– Não podemos esperar para cuidar de nossa própria saúde. Se você notar sinais ou sintomas de linfoma, não demore e fale com sua equipe de saúde.
– Não podemos esperar para diagnosticar e tratar os linfomas. Decisões tomadas pelos sistemas de saúde afetaram os pacientes, mas chegou a hora de retomar as práticas de tratamento padrão com segurança.
– Não podemos esperar para apoiar as pessoas que vivem com linfomas. Se puder, seja voluntário ou apoie uma organização local.
No Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 14 mil brasileiros serão diagnosticados com linfoma em 2021.
Nos últimos dez anos, o Sistema Único de Saúde atendeu mais de 70 mil pacientes com linfoma, conforme estudo realizado pelo Observatório de Oncologia. A pesquisa identificou que nesse período ocorreram mais de 45 mil óbitos pela doença (12% linfoma de Hodgkin e 88% linfoma não-Hodgkin), e que a mortalidade por linfoma está diretamente relacionada ao diagnóstico tardio da doença.
Linfoma é um tipo de câncer que acomete o sistema linfático, uma rede complexa de vasos e pequenas estruturas chamadas nódulos linfáticos que transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos de volta para o sistema circulatório.
O câncer pode ser dividido em dois tipos: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. Os dois diferem entre si devido ao comportamento, grau de agressividade, resposta à terapia e sinais distintos.
De forma geral, a presença de linfomas pode causar sintomas como cansaço, febre, sudorese noturna e perda de peso, acompanhados de aumento dos gânglios (íngua), que podem surgir na região cervical, na região axilar, ou como massas, em qualquer parte do corpo. Pode, ainda, haver aumento do baço e alterações no exame de sangue (anemia, queda de plaquetas e alterações dos leucócitos).
O indivíduo precisa procurar o médico ao observar o aumento de um ou mais gânglios linfáticos.
Tratamento:
A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia ou um combinado das duas. A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas. A radioterapia é uma forma de radiação usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas, ou também para reforçar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de volta da doença em locais mais propensas à recaída.
Recomendações:
– evitar a exposição prolongada a produtos químicos, em especial a produtos agrícolas;
– pacientes infectados com o vírus HTLV e o vírus HIV correm risco maior de desenvolver linfoma, portanto devem estar mais atentos aos sintomas;
– fazer um autoexame frequentemente;
– a incidência de linfoma aumenta com a idade; por isso os idosos, principalmente os de ascendência europeia, devem redobrar a atenção;
– procurar um médico se notar a presença de íngua (gânglio aumentado) no pescoço, axila, virilha, especialmente se ela não for dolorosa, tiver crescimento rápido e você não apresentar nenhum outro sinal de infecção (como febre e mal estar);
– a quimioterapia para linfoma pode afetar a produção de óvulos e espermatozoides. Se deseja ter filhos, leve esse dado em conta e considere métodos de preservação de sêmen e de óvulos.
Fontes:
Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech)
Lymphoma Coalition
Telessaúde São Paulo