“Nossa terra. Nosso futuro. Nós somos a Geração Restauração” : 05/6 – Dia Mundial do Meio Ambiente


 

Terra é vida. É o chão em que pisamos e o solo que nos alimenta. Mas nossas terras estão se degradando – em razão do consumo insustentável, da agricultura e da poluição. A degradação da terra afeta negativamente 3,2 bilhões de pessoas. Ainda assim, a terra é tolerante. Podemos restaurá-la cultivando árvores e cultivos mais diversificados. Podemos evitar os poluentes e recuperar as fontes de água. Não podemos voltar no tempo, mas podemos cultivar florestas, revitalizar fontes de água e recuperar os solos. Somos a geração que pode fazer as pazes com a terra.

O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente em 5 de junho, foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972. Nas últimas cinco décadas, ele cresceu e se tornou uma das maiores plataformas globais de divulgação ambiental, com dezenas de milhões de pessoas participando on-line e por meio de atividades, eventos e ações presenciais em todo o mundo.

O Reino da Arábia Saudita, anfitrião do Dia Mundial do Meio Ambiente 2024, e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançaram campanha para combater a desertificação, restaurar a terra e desenvolver a resiliência à seca antes das comemorações globais do dia 5 de junho, na capital do país, Riad.

“Agora é a hora de agir de acordo com os compromissos para prevenir, deter e reverter a degradação dos ecossistemas”, disse Elizabeth Mrema, diretora-executiva adjunta do PNUMA, lançando a campanha global em um evento da Semana Ambiental da Arábia Saudita (Saudi Environment Week) em Riad.

“Somos a primeira geração a compreender plenamente as imensas ameaças à terra e podemos ser a última a ter a chance de reverter o curso da destruição. Nossa prioridade agora deve ser a restauração dos ecossistemas – o replantio de nossas florestas, o reumedecimento de nossos pântanos, a revitalização de nossos solos”, acrescentou.

Como uma nação que enfrenta degradação, desertificação e seca, o Reino da Arábia Saudita está profundamente empenhado na entrega de soluções. Sua ação e liderança são vitais quando se enfrenta uma preocupante intensificação da tripla crise planetária: a crise das mudanças climáticas, a crise da natureza e da perda de biodiversidade e a crise da poluição e dos resíduos – problemas que estão colocando os ecossistemas do mundo sob ameaça. Bilhões de hectares de terra estão degradados, afetando quase metade da população mundial e ameaçando metade do PIB global. As comunidades rurais, os pequenos agricultores e os extremamente pobres são os mais afetados.

A campanha defenderá a liderança da Arábia Saudita na restauração de terras e destacará os compromissos do país e em toda a região para combater a mudança climática por meio da regeneração e do reflorestamento de grandes extensões de terras áridas e semiáridas. A Arábia Saudita está liderando a Iniciativa Global de Terras do G20, lançada durante sua Presidência do G20 em 2020, e também sediará a maior conferência da ONU sobre terras e secas em Riad, de 2 a 13 de dezembro de 2024 – a 16ª sessão da COP16.

Em março de 2019, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução declarando o período de 2021-2030 a Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas. Este Dia Mundial do Meio Ambiente tem como objetivo apoiar o progresso acelerado desses compromissos, com a campanha da Arábia Saudita conectada ao tema da COP-16, “Nossa Terra, Nosso Futuro”, e ao slogan “Somos a #GeraçãoRestauração” da Década das Nações Unidas sobre Restauração de Ecossistemas.

Globalmente, os países se comprometeram a restaurar um bilhão de hectares de terra – uma área maior do que a China – protegendo 30% da terra e do mar para a natureza e restaurando 30% dos ecossistemas degradados do planeta. Defendendo a Agenda 2030 de mudar o mundo para um caminho sustentável e resiliente, unindo forças para proteger as pessoas e o planeta, o Dia Mundial do Meio Ambiente de 2024 contribuirá com o fomento para a ação climática, reunindo apoio para o trabalho vital de restauração de ecossistemas.

Impulsionar e agir em direção a essas metas vai desacelerar as mudanças climáticas, proteger a natureza e aumentar os meios de subsistência e  segurança alimentar de bilhões de pessoas ao redor do mundo.

 

A biodiversidade fornece bens e serviços essenciais à vida na Terra. Seres vivos saudáveis dependem de ecossistemas saudáveis, pois eles fornecem ar puro, água doce, solos equilibrados, medicamentos, alimentos, e outros, além de limitar doenças e estabilizar o clima.

A perda de biodiversidade, impactada pelas alterações no uso e ocupação dos solos, desmatamento, poluição, má qualidade da água, contaminação química e de resíduos, alterações climáticas, perda de habitat e outras situações, podem representar ameaças consideráveis para a saúde humana, animal, vegetal e ambiental.

As mudanças climáticas têm o potencial de minar décadas de progresso na saúde global, afetando a viabilidade e a saúde de todas as formas de vida e influenciando a distribuição de plantas, animais, patógenos, vetores e até mesmo comunidades humanas. Por isso, há uma preocupação crescente com as consequências para a saúde advindas da perda de biodiversidade e das mudanças climáticas.

As doenças mais sensíveis a essas mudanças são as infecciosas, como leishmaniose, malária e dengue e outras arboviroses. Além da hepatite, que por ocorrer por veiculação hídrica é especialmente frequente em territórios carentes de saneamento básico.

 

Fontes:

Fundação Oswaldo Cruz
Ministério da Saúde
Organização das Nações Unidas (ONU)
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)