A Odontologia é uma profissão da área de saúde que atua na prevenção, diagnóstico e tratamento de problemas relacionados aos dentes, boca, língua, gengiva, ossos da face e do pescoço. Tratar cáries, fazer extrações e intervenções cirúrgicas, corrigir a mastigação, problemas estéticos e até mesmo solucionar distúrbios do sono, são atividades desenvolvidas pelos odontólogos.
As dores nos dentes sempre afetaram o bem-estar dos seres humanos. Os primeiros registros da história da Odontologia remetem ao século 7 mil a.C, quando hindus (habitantes da atual Índia) criaram os primeiros artefatos para realizar extrações. Até o século XVI, as barbearias também serviam como consultórios e os dentes doentes eram removidos lá mesmo, com equipamentos bastante rudimentares e sem anestesia.
O primeiro médico dedicado à Odontologia foi o francês Pierre Fauchard. Em 1723 ele lançou a obra “O Cirurgião Dentista: o tratamento dos dentes”, com descrições detalhadas de tratamentos e práticas de extrações. Cinco décadas depois, surgiram as primeiras “cadeiras de dentistas”. Feitas de madeira, elas já acoplavam os equipamentos na lateral. E apenas em 1840 surgiu em Baltimore, Estados Unidos, a primeira escola de Odontologia – que até hoje recebe futuros dentistas.
O exercício da odontologia no Brasil foi regulamentado pela Lei nº 5081/1966 que prevê como competências do cirurgião-dentista:
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) e os 27 Conselhos Regionais de Odontologia, criados pela Lei nº 4324/1964, regulamentada pelo Decreto nº 68.704/1971, são órgãos responsáveis pela supervisão da ética odontológica em todo o território nacional, cabendo-lhes zelar e trabalhar pelo bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente.
O CFO reforça que a saúde bucal é parte indissociável do cuidado integral com a saúde do cidadão. Assim, reforça também a importância do controle e manutenção da saúde por meio de cuidados que podem ser realizados em domicílio, no consultório, no ambiente hospitalar ou nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a depender da condição específica do paciente.
Alterações na saúde geral do paciente podem se manifestar, com frequência, na boca. Esse é um dos principais fatores pelo qual o paciente deve ter acompanhamento periódico de um Cirurgião-Dentista, ou uma equipe de saúde bucal, enquanto parte integrante da equipe multidisciplinar. Há também situações em que alterações na saúde bucal podem refletir em outras partes do organismo.
No campo da saúde pública, o cirurgião-dentista pode participar de equipes interdisciplinares e multiprofissionais voltadas para o planejamento de políticas públicas saudáveis, desenvolvimento de ações de vigilância da saúde da coletividade, na assistência, como o Programa Saúde da Família, vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental.
Na área acadêmica, graduados em Odontologia encontram diferentes possibilidades de pesquisa que podem ser integradas a outras disciplinas da saúde, como medicina e nutrição.
A graduação em Odontologia confere a titulação de cirurgião dentista, mas há diversas especializações disponíveis no mercado que agregam novas possibilidades à formação e contemplam diferentes áreas, dentre elas:
Fontes:
Conselho Federal de Odontologia 1
Conselho Federal de Odontologia 2
Fundação Oswaldo Cruz. Observatório Juventude, Ciência e Tecnologia