A pandemia de COVID-19 impossibilitou, em muitos casos, a realização presencial de intervenções necessárias à manutenção da saúde e da qualidade de vida da população idosa. A dificuldade tem sido ainda maior para pessoas com distúrbios neurodegenerativos. Nesse contexto, pesquisadores das áreas de fisioterapia, gerontologia e medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) iniciaram um projeto de pesquisa que visa testar um programa de telerreabilitação, ou seja, que propõe o uso de recursos tecnológicos de informação e comunicação para viabilizar intervenções a distância para idosos com demência e seus cuidadores.
O objetivo é analisar os efeitos desse programa de telerreabilitação em relação a três aspectos no cotidiano da população-alvo: saúde mental, qualidade de vida e capacidade funcional (habilidade de realizar atividades físicas e mentais no dia a dia, garantindo a autonomia da pessoa).
Antes da pandemia, os pesquisadores iam até a casa do paciente para testar o protocolo, orientando o cuidador pessoalmente. Nesse estudo inicial, os resultados mostraram alta adesão às sessões (93,75%) e o protocolo se mostrou eficaz, considerando a mobilidade dos idosos, pois aumentou significativamente a força muscular e a capacidade funcional dos idosos, além de diminuir o risco de quedas.
Com a pandemia e o confinamento, o acompanhamento e as orientações foram adaptados para o formato on-line.
Atualmente, o projeto busca pessoas com mais de 60 anos, que tenham diagnóstico de demência leve ou moderada e não tenham restrição de atividade física, para participar voluntariamente do estudo e testar o protocolo que envolve especificamente a telerreabilitação.
Pessoas interessadas em participar podem entrar em contato pelo telefone (45) 99960-4522 ou pelo e-mail telessaude.alzheimer@ufscar.br
Fonte:
Agência Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)