Com o passar do tempo, é normal que apareçam manchas e pintas, independentemente do tom da pele. Muitas horas debaixo do sol durante uma viagem, espinhas mal cicatrizadas, machucados que deixaram marca, etc. São muitos os fatores que podem fazer surgir esse tipo de alteração, isso porque a melanina, pigmento que dá cor à pele e protege contra os raios solares, não é distribuída de forma igual em todo o corpo. Dessa forma, existem áreas em que há mais células ricas em melanina do que outras, o que provoca o aparecimento de manchas e pintas.
Ainda que a maior parte dessas lesões não represente problema, algumas delas merecem a nossa atenção. Dependendo das características, podem indicar alergias, infecções, problemas nos vasos sanguíneos, doenças da imunidade e até mesmo câncer de pele.
Quem tem muitas pintas deve ter o hábito de frequentar o médico dermatologista para avaliar quais e se precisam ser removidas, de acordo com seu aspecto ou, ainda, solicitar exames como a biópsia para chegar a um diagnóstico.
Manchas ou pintas marrons estão diretamente ligadas ao sol e aparecem mais nas costas das mãos, no colo e nas costas. Há também manchas marrons provocadas por queimadura de limão e as que surgem durante a gravidez ou por causa do uso de pílula anticoncepcional – chamadas de melasma.
As de cor branca podem ser sardas brancas que aparecem principalmente depois dos 40 anos de idade; pano branco – causado por um fungo; vitiligo – doença genética que provoca perda de melanina.
As manchas roxas ou hematomas podem ser provocadas por traumas, como pancadas. Podem existir, ainda, as vermelhas ou pretas, de acordo com a causa.
Normalmente ter manchas e pintas não representa risco para a saúde das pessoas, mas é importante saber quando elas podem significar perigo de câncer de pele.
Assim, para facilitar o autoexame, foi desenvolvida a regra do ABCDE, que consiste em observar se as pintas têm as características abaixo:
A: Assimetria – a pinta tem formato desigual, uma parte não se parece com a outra;
B: Bordas – o contorno é irregular;
C: Cor – a cor da pinta não é uniforme e apresenta variações;
D: Diâmetro – o tamanho da pinta é superior a 6 milímetros (do tamanho da parte de cima de um lápis, sem a ponta);
E: Evolução – a pinta apresentou alterações, como aumento de tamanho ou endurecimento.
Ao perceber um ou mais dos sinais acima, a pessoa deve ser avaliada pelo médico dermatologista, pois pode indicar câncer de pele.
Para a prevenção, recomenda-se:
– Utilizar diariamente o protetor solar com fator de proteção de no mínimo, 30;
– Ao se expor ao sol, utilizar roupas de mangas compridas ou com proteção para os raios ultravioleta, chapéus de aba larga e guarda-sol;
– Evitar ficar várias horas debaixo da luz solar sem proteção;
– Não se expor de forma prolongada ao sol no período entre 10h e 16h;
– Observar o próprio corpo e estar atento aos sinais que ele oferece.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
Dica elaborada em março de 2024
Fontes:
Dr. Dráuzio Varella
Hospital Sírio-Libanês
Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente da Universidade Federal de Minas Gerais
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo