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STEDILE, Nilva Lúcia Rech; GUIMARÃES, Maria Cristina Soares; FERLA, Alcindo Antonio; FREIRE, Rafaela Cordeiro. Contribuições das conferências nacionais de saúde na definição de políticas públicas de ambiente e informação em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 10, p. 2957-2971, out. 2015. Disponível em: Scielo
As relações entre saúde e ambiente têm sido objeto de interesse maior dos pesquisadores nas últimas décadas, sendo a informação o fenômeno que permite fazer a tessitura entre esses dois domínios. O objetivo deste artigo é examinar como as recomendações das Conferências Nacionais de Saúde tratam a questão do ambiente e da informação e como articulam esses dois domínios com a saúde. Trata-se de uma pesquisa documental de caráter qualitativo. Os documentos que compuseram o corpus da pesquisa foram os relatórios oficiais das Conferências, da primeira (1943) à décima quarta (2011). Os resultados mostram que as questões ambientais sempre estiveram presentes, especialmente após a VIII Conferência, em 1986, a partir da qual há uma ampliação crescente das discussões sobre o tema. Os temas “saúde” e “ambiente”, discutidos na XII e XIII, demonstram nítido avanço na direção de definir sua relação com a qualidade de vida. A “Informação em Saúde” foi referenciada em sua quase totalidade de Conferências como fundamental, ganhando o status de eixo prioritário na XI Conferência. Por incluir várias das proposições apresentadas e discutidas nas Conferências, elas parecem influenciar o estabelecimento das políticas públicas nos domínios do ambiente e da informação.