Projeto Reconquista das Altas Coberturas Vacinais


 

Mesmo sendo um dos mais efetivos programas de imunização do mundo e dos esforços permanentes para garantir o abastecimento das vacinas dos Calendários de Vacinação do país, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) vem enfrentando um cenário adverso para alcançar as taxas de cobertura vacinal necessárias à imunidade coletiva das vacinas que disponibiliza.

Devido à sua trajetória, não apenas no fornecimento de produtos para o SUS, mas na busca de soluções para o presente e o futuro da saúde pública, o Projeto Reconquista das Altas Coberturas Vacinais será coordenado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), ao lado da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e  da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

A iniciativa estabelecerá uma rede de colaboração interinstitucional, envolvendo atores nacionais e internacionais dos setores governamental, não governamental e privado, em torno da melhoria da cobertura vacinal brasileira. Serão implementadas ações de apoio estratégico ao PNI para reverter a trajetória de queda nas coberturas vacinais dos Calendários Nacionais de Vacinação – da Criança, do Adolescente, do Adulto e Idoso, da Gestante e dos Povos Indígenas e, assim, assegurar o controle de doenças imunopreveníveis como o sarampo, a poliomielite, a gripe, o câncer de colo do útero, meningites e todas as outras cujas vacinas são disponibilizadas gratuitamente para a população, nos postos de saúde.

Nos últimos anos, especialistas em imunização e vigilância em saúde de diferentes instituições governamentais e não governamentais vêm alertando sobre a queda progressiva da cobertura vacinal no país, cenário agravado pela pandemia da Covid-19. Outros fatores que têm influenciado nesse cenário são o desconhecimento da gravidade dessas doenças por parte da população – inclusive em função do próprio sucesso do PNI, as fake News – que repercutem na hesitação em vacinar, e problemas estruturais no país. O alerta da baixa cobertura vacinal vem acompanhado pela reintrodução de doenças imunopreveníveis como o sarampo.

A pandemia Covid-19 agravou as baixas coberturas, pois as recomendações das autoridades sanitárias de distanciamento social e outras medidas não farmacológicas afastaram a população das unidades de saúde para se vacinarem. É necessário buscar alternativas para reverter estas baixas coberturas vacinais, sob pena da volta das inúmeras doenças imunopreveníveis. O sarampo voltou há 4 anos e está presente em todas as regiões do país.

Fonte:

Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)