QUALIDADE DOS CUIDADOS DE SAÚDE


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BOSI, Maria Lúcia Magalhães; UCHIMURA, Kátia Yumi. Avaliação da qualidade ou avaliação qualitativa do cuidado em saúde? Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 150-153, fev. 2007. Disponível em Scielo

Ensaio teórico sobre avaliação da produção do cuidado em saúde, visando à demarcação de alguns conceitos. Inicialmente, assinalam-se a multidimensionalidade da qualidade em saúde, as diferenças entre avaliação da qualidade e avaliação qualitativa e as implicações decorrentes da não-distinção entre esses dois conceitos. Discute-se o cuidado em saúde como expressão material das relações interpessoais nesse campo de prática e como objeto de avaliação, explicitando sua intricada relação com a integralidade e com a humanização. Sustenta-se que avaliação de qualidade e avaliação qualitativa não são rótulos intercambiáveis, mas opções políticas atreladas a projetos sócio-sanitários que não se justapõem. A compreensão dessa distância é necessária para a construção de propostas avaliativas que superem perspectivas tradicionais e excludentes.

SATISFAÇÃO DO PACIENTE

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OLIVEIRA, Denise Fornazari de; ARIETA, Carlos Eduardo Leite; TEMPORINI, Edméa Rita et al. Qualidade da assistência à saúde: satisfação de pacientes em um hospital universitário. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, São Paulo, v. 69, n. 5, p. 731-736, set./out. 2006. Disponível em Scielo

OBJETIVO: Avaliar características e satisfação de pacientes do ambulatório de oftalmologia de um hospital universitário, com vistas a obter subsídios para a padronização de um sistema de avaliação de qualidade. MÉTODO: Realizou-se estudo transversal analítico. Foi selecionada amostra de pacientes atendidos no ambulatório de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas (UNICAMP). Aplicou-se por entrevista, questionário estruturado incluindo as variáveis: características pessoais (sexo, idade, escolaridade, exercício de atividade remunerada), tempo de espera para obter a consulta, opinião em relação à facilidade de acesso ao serviço, atendimento da recepção, tempo despendido na sala de espera, qualidade do atendimento recebido e satisfação com o atendimento. RESULTADOS: A amostra caracteriza-se por pacientes com escolaridade e nível socioeconômico baixos, e 21,7% exercem atividade remunerada. A maioria considera fácil obter consulta nesse serviço oftalmológico. O tempo médio na sala de espera referido foi de 94,6 minutos e 45,3% dos pacientes afirmam não terem recebido orientações na pós-consulta. Os pacientes encontram-se satisfeitos com o atendimento recebido e fazem avaliação positiva da qualidade do serviço prestado. CONCLUSÕES: Embora seja observado alto grau de satisfação com os serviços, em geral, quando diferentes fatores que podem influenciar a satisfação são abordados os pacientes apontam limitações à qualidade. A avaliação permitiu melhor conhecimento sobre os serviços oferecidos em hospital-escola e evidenciou a possibilidade de implantação de rotinas de revisão da qualidade desses serviços.