QUALIDADE DOS CUIDADOS DE SAÚDE


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CASTRO, Eveline C. M.; LEITE, Álvaro J. M. Mortalidade hospitalar dos recém-nascidos com peso de nascimento menor ou igual a 1.500 g no município de Fortaleza. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 83, n. 1, p. 27-32, jan./fev. 2007. Disponível em Scielo

OBJETIVO: Obter informações sobre a mortalidade de recém-nascidos com peso de nascimento menor ou igual a 1.500 g em Fortaleza e comparar com a Rede Vermont Oxford, uma das melhores referências de cuidados neonatais. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo. Incluídos todos os recém-nascidos com peso de nascimento menor ou igual a 1.500 g em Fortaleza no período de 01/03/02 a 28/02/03 em todos os hospitais-maternidades com unidade de terapia intensiva neonatal. Os recém-nascidos foram seguidos do nascimento até a alta domiciliar ou morte hospitalar, utilizando o questionário da Rede Vermont Oxford. RESULTADOS: Foram analisados 774 recém-nascidos. O coeficiente de mortalidade neonatal foi de 477‰, e o coeficiente de mortalidade pós-neonatal foi de 35‰, elevando o coeficiente de mortalidade hospitalar total para 512‰. O coeficiente de mortalidade neonatal precoce foi de 335‰, e o coeficiente de mortalidade neonatal tardio foi de 142‰. Para todas as faixas de peso, os coeficientes de mortalidade em Fortaleza foram superiores aos da rede Vermont Oxford e também aos de Montevidéu, excetuando-se a faixa de peso menor ou igual a 600 g. CONCLUSÕES: Os resultados mostram elevadas taxas de mortalidade hospitalar de recém-nascidos de muito baixo peso com uma maior concentração na primeira semana de vida, sugerindo tanto deficiência na assistência prestada nas unidades de terapia intensiva neonatal quanto na atenção antenatal e no momento do parto.