O Dia Mundial do Diabetes é a maior campanha de conscientização sobre a doença, alcançando um público global de mais de 1 bilhão de pessoas em mais de 160 países. É celebrado todos os anos em 14 de novembro, aniversário de Sir Frederick Banting, que co-descobriu a insulina juntamente com Charles Best, em 1922.
A data comemorativa foi criada em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde. Tornou-se oficial no calendário das Nações Unidas em 2006.
O tema deste ano, “Quebrando barreiras, preenchendo lacunas”, sustenta o compromisso de reduzir o risco de diabetes e garantir que todas as pessoas diagnosticadas tenham acesso a tratamento e cuidados equitativos, abrangentes, acessíveis e de qualidade. Ainda, convida a sociedade para aumentar a conscientização, disseminar conhecimento e criar mudanças duradouras para os afetados.
Milhões de pessoas com diabetes enfrentam desafios diários para administrar sua condição, seja em casa, no trabalho ou na escola. Elas precisam ser resilientes, organizadas e responsáveis, o que impacta seu bem-estar físico e mental, deixando-os muito sobrecarregados. Por isso, neste Dia Mundial, a IDF pretende colocar a temática do bem-estar dos pacientes no centro dos objetivos de tratamento e começar a mudança para uma vida melhor, mesmo com diabetes.
Principais fatos sobre a condição:
– Diabetes tipo 1 não é prevenível.
– Diabetes tipo 2 geralmente é prevenível por meio de dieta saudável, atividade física regular, manutenção do peso corporal adequado e evitando o uso de tabaco.
– Diabetes é uma das principais causas de cegueira, insuficiência renal, ataques cardíacos, derrame e amputação de membros inferiores.
– Diabetes pode ser tratado e suas complicações evitadas ou retardadas com exames e tratamentos regulares.
– Pessoas com diabetes devem ser acompanhadas regularmente para detectar precocemente possíveis complicações. Isso inclui exames para doença renal, exames oftalmológicos e avaliação dos pés.
– Parar de fumar reduz o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em 30-40%.
– Diabetes está associado a cerca de o dobro de risco de tuberculose (TB) e a um risco maior de TB multirresistente. Pessoas com as duas condições, concomitantemente, têm duas vezes mais probabilidade de morrer durante o tratamento da TB e o dobro de risco de recidiva da TB após a conclusão do esquema terapêutico.
– Apenas cerca de 50% das pessoas com diabetes tipo 2 recebem a insulina de que precisam, geralmente porque os sistemas de saúde de seus países não podem pagar por ela.
– 537 Milhões de pessoas vivem com diabetes no mundo; no Brasil, mais de 13 milhões vivem com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
– 3 em cada 4 pessoas com diabetes vivem em países de renda baixa e média;
– Aproximadamente 50% não são diagnosticados.
– 36% das pessoas com diabetes sofrem de angústia por causa da condição;
– 63% das pessoas com diabetes dizem que o medo de desenvolver complicações relacionadas a ele afeta seu bem-estar;
– 28% das pessoas com diabetes acham difícil permanecer positivas em relação à sua condição.
Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina – hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. Sua falta provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.
Tipos:
– Tipo 1: causado pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeitos do sistema imunológico, em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos.
– Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na sua secreção. Ocorre em cerca de 90% dos diabéticos.
– Diabetes gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.
– Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de certos medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.).
Principais sintomas do diabetes tipo 1:
– Vontade de urinar diversas vezes;
– Fome frequente;
– Sede constante;
– Perda de peso;
– Fraqueza;
– Fadiga;
– Nervosismo;
– Mudanças de humor;
– Náusea;
– Vômito.
Principais sintomas do diabetes tipo 2:
– Infecções frequentes;
– Alteração visual (visão embaçada);
– Dificuldade na cicatrização de feridas;
– Formigamento nos pés;
– Furúnculos.
Complicações:
O tratamento correto do diabetes significa manter uma vida saudável, evitando diversas complicações que surgem em consequência do mau controle da glicemia. Altas taxas de açúcar no sangue, por tempo prolongado, podem causar sérios danos, como: cegueira, insuficiência renal, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e amputação de membros inferiores.
Tratamento e prevenção:
Dieta saudável, atividade física e evitar o uso de tabaco podem prevenir ou retardar o diabetes tipo 2. Além disso, a doença pode ser tratada e suas consequências evitadas ou retardadas com medicamentos, exames regulares e tratamento de complicações.
Fontes:
Associação Nacional de Atenção ao Diabetes
International Diabetes Federation (IDF)
Ministério da Saúde
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)
Sociedade Brasileira de Diabetes
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia