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PORTELA, Gustavo Zoio; FEHN, Amanda Cavada; UNGERER, Regina Lucia Sarmento; POZ, Mario Roberto Dal. Recursos humanos em saúde: crise global e cooperação internacional. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, n. 7, p. 2237-2246, jul. 2017. Disponível em Scielo
A partir dos anos 1990 as economias nacionais tornaram-se entrelaçadas e globalizadas. Mudanças no perfil epidemiológico e demográfico da população evidenciaram a necessidade de novas discussões e estratégias sobre os Recursos Humanos em Saúde (RHS). A crise global da Força de Trabalho em Saúde (FTS) inclui dificuldades em atrair seus profissionais para áreas remotas e rurais; má distribuição e rotatividade desses profissionais, particularmente médicos; qualificação inadequada às novas condições sanitárias e demográficas; e a necessidade de produção de evidências científicas que apoiem os processos de decisão e gestão de políticas. As atividades de cooperação técnica podem colaborar para o desenvolvimento das capacidades dos países envolvidos, fortalecendo as relações e ampliando o intercâmbio, a geração, a disseminação e a utilização do conhecimento técnico científico, bem como a capacitação dos trabalhadores e o fortalecimento de suas instituições. Este artigo explora este contexto, destacando a participação do Brasil nas estratégias de cooperação internacional na área de RHS e ressaltando o papel da Organização Mundial da Saúde no enfrentamento dessa crise que limita a capacidade dos países e seus sistemas de saúde para melhorar a saúde e a vida de suas populações.