RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE; BARREIRAS DE COMUNICAÇÃO; EDUCAÇÃO MÉDICA


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DEFANTE, Maria Luiza Rodrigues; MONTEIRO, Sarah Oliveira Nunes; SILVA, Caio de Oliveira da. Os impactos da comunicação inadequada na relação médico-paciente. Revista Brasileira de Educação Médica, Brasília, [online], v. 48, n. 1, p. e007, 2024. Disponível em Scielo

Introdução: Como um componente substancial na relação médico-paciente, a comunicação pode ser determinante na construção da hipótese diagnóstica e na adesão ao tratamento por parte do paciente, e, por isso, há a necessidade de compreender os fatores que influenciam no processo comunicativo e descrever a efetividade dele. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os impactos da comunicação inadequada na relação médico-paciente. Método: Vinte e três pacientes voluntários com a maioridade atingida preencheram questionários de informações socioeconômicas, uso da linguagem e impressões da consulta médica. O médico preencheu um questionário sobre a experiência da consulta. Resultado: Os resultados indicaram que os pacientes apresentaram alguma dificuldade em comunicar ao médico o que sentiam, e, de modo complementar, os médicos, em 20% dos casos, tiveram algum grau de dificuldade de chegar à hipótese diagnóstica a partir do relato do paciente, o que se relaciona com a linguagem pouco descritiva utilizada pela maior parte dos pacientes. Conclusão: Dada a necessidade da qualidade da comunicação entre o médico e o paciente, conhecer os fatores que impactam o processo comunicativo é o primeiro passo para a garantia de um atendimento eficaz com autonomia do paciente e maior adesão ao plano terapêutico.