SAÚDE BUCAL


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SILVA, Maria Elisa de Souza e; VILLACA, Ênio Lacerda; MAGALHÃES, Cláudia Silami de; FERREIRA, Efigênia Ferreira e. Impacto da perda dentária na qualidade de vida. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 841-850, maio 2010. Disponível em Scielo

Para avaliar o impacto da perda dentária na qualidade de vida, foram selecionados cinquenta pacientes, usuários do Serviço Público de Saúde, em tratamento para inserção ou substituição do par de dentaduras. Antes do tratamento, aplicou-se o Oral Health Impact Profile (OHIP-14) e a coleta de dados sociodemográficos. Os escores do OHIP-14 foram obtidos por meio do peso de cada pergunta associado à escala de Likert. Maior a pontuação alcançada, maior o impacto negativo da dimensão na qualidade de vida. Na amostra, 82% eram do gênero feminino, 52% tinham 41 a 60 anos (média de 59,1 anos), e 34% eram casados. Para cada dimensão, os valores máximos OHIP-14 foram: desconforto psicológico (122); dor (121); inabilidade psicológica (113); inabilidade física (109); limitação funcional (93); incapacidade (82) e inabilidade social (76). A perda dentária ou o uso de próteses inadequadas implicam impactos negativos na qualidade de vida, especialmente no que se refere à preocupação, estresse decorrente de problemas na boca e à vergonha. Foi percebido menor impacto no que se refere às relações interpessoais e ao desenvolvimento das atividades rotineiras – dimensão inabilidade social. Estas informações são relevantes para os profissionais, pois ampliam seu conhecimento sobre pessoas desdentadas e melhoram sua capacidade de lidar com elas.