SAÚDE DO IDOSO


ATIVIDADE FÍSICA; DOENÇA DE ALZHEIMER

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ARCOVERDE, Cynthia; DESLANDES, Andréa; RANGEL, Aryce et al.
Role of physical activity on the maintenance of cognition and activities of daily living in elderly with Alzheimer’s diseaseArquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v. 66, n. 2b, p. 323-327, jun. 2008. Disponível em Scielo

FUNDAMENTO: A prática de atividade física tem se mostrado uma estratégia eficaz na melhora da independência e das funções cognitivas em idosos com doença de Alzheimer (DA). OBJETIVO: Avaliar a relação entre a prática de atividade física, a cognição e as atividades de vida diária (AVD) em pacientes com DA. MÉTODO: Foram avaliados os aspectos cognitivos, físicos e as AVD de 37 idosos (19 controles normais, 11 com DA sedentários e 7 com DA ativos). RESULTADOS: A variável que melhor prediz o estado cognitivo (MEEM) foi o tempo de doença para o grupo DA sedentários e a Escala de Lawton para o grupo DA ativo. Observou-se correlação entre MEEM e tempo de doença no grupo sedentário e MEEM e AVD no grupo ativo. CONCLUSÃO: O nosso estudo mostrou que a estimulação física e cognitiva em pacientes com DA pode contribuir na diminuição do declínio cognitivo e funcional.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

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PEREIRA, Janaina Caldeira; BARRETO, Sandhi Maria; PASSOS, Valéria Maria A. O perfil de saúde cardiovascular dos idosos brasileiros precisa melhorar: estudo de base populacional. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 91, n. 1, p. 1-10, jul. 2008. Disponível em Scielo

FUNDAMENTO: No Brasil, existe pouca informação de base populacional sobre a aglomeração de fatores de risco e sua relação com doenças cardiovasculares em idosos. OBJETIVO: Estimar prevalência e aglomeração de fatores de risco e investigar associação com doença isquêmica do coração (DIC) em idosos. MÉTODOS: Foram incluídos todos os participantes > 60 anos do “Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos não-transmissíveis”, realizado pelo Ministério da Saúde em 2002/2003, em quinze capitais e no Distrito Federal. Investigou-se a prevalência de fatores de risco (tabagismo, consumo de álcool, inatividade física, dieta inadequada e obesidade) e de morbidade referida (hipertensão, hipercolesterolemia e diabete), além da associação entre DIC e aglomeração desses fatores pela regressão de Poisson. RESULTADOS: Os idosos representaram 13,4% (3.142/23.457), 59,4% mulheres e 40,6% homens. A idade média foi de 69,5 anos. Prevalências de dieta inadequada, inatividade física, obesidade, tabagismo e consumo de risco de álcool foram 94,4%, 40%, 17%, 12,7%e 3,2%, respectivamente. Cerca de 50% referiram hipertensão; 33% hipercolesterolemia e 18%, diabete. Tabagismo e hipercolesterolemia reduziram significativamente com a idade. Hipertensão, inatividade física, obesidade e hipercolesterolemia foram mais prevalentes em mulheres. Aglomeração de dois ou mais fatores foi observada em 71,3% dos idosos e reduziu com o avançar da idade. Idosos com DIC apresentaram uma prevalência quatro vezes maior de aglomeração de quatro ou mais fatores (RP = 4,1; IC_95%: 2,6-6,4). CONCLUSÃO: A associação entre DIC e maior aglomeração de fatores de risco expressa, provavelmente, maior risco acumulado ao longo da vida, mas indica também a necessidade de melhorar o perfil de risco desses idosos.