A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) afeta aproximadamente 384 milhões de pessoas em todo o mundo e é a terceira causa de morte. 1 em cada 5 pacientes morrerá dentro de um ano após sua primeira hospitalização pela doença.
Apesar do enorme fardo e do fato de que a sobrevivência da DPOC é comparável a alguns tipos de câncer, ninguém fala sobre isso. Como resultado, a doença é subpriorizada, subfinanciada e subtratada.
Estima-se que seu custo global aumente para US$ 4,8 trilhões em 2030, mas não recebe atenção política ou financiamento proporcional à quantidade de pessoas afetadas e ao impacto provocado em indivíduos e na sociedade, para que garantir que os pacientes consigam ter os cuidados de que precisam e merecem.
Anualmente, a Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) escolhe um tema e coordena a preparação e a distribuição de materiais e recursos para a campanha do Dia Mundial da DPOC, que ocorre na 3ª. quarta-feira do mês de novembro – este ano, dia 16.
As atividades são organizadas em cada país por profissionais de saúde, educadores e membros do público que desejam ajudar a causar impacto local e mundial.
O primeiro Dia Mundial foi realizado em 2002. Todos os anos, organizações em mais de 50 países realizam atividades, tornando a data um dos eventos de conscientização e educação da DPOC mais importantes do mundo.
O tema de 2022 é “seus pulmões para a vida” e visa destacar a importância da saúde pulmonar ao longo da vida. Você nasce com apenas um conjunto de pulmões. Do desenvolvimento à idade adulta, manter os pulmões saudáveis é parte integrante da saúde e do bem-estar futuros.
Esta campanha se concentrará nos fatores que contribuem para a DPOC desde o nascimento até a idade adulta e o que pode ser feito para promover a saúde pulmonar ao longo da vida, bem como proteger as populações vulneráveis.
A doença afeta os pulmões ao obstruir as vias aéreas, tornando a respiração difícil. Os principais sintomas da DPOC são: falta de ar aos esforços, que pode progredir até para atividades corriqueiras como trocar de roupas ou tomar banho; pigarro; tosse crônica; tosse com secreção e que piora pela manhã são sintomas comuns.
O tabagismo é o principal fator de risco para DPOC e sua origem é fortemente ligada ao efeito da fumaça de cigarro nos pulmões, havendo relação da quantidade e do tempo de tabagismo com a gravidade da doença.
Normalmente seu início é lento, mas pode evoluir de modo mais rápido levando à incapacidade por insuficiência respiratória e óbito. Outros tipos de fumo como o cachimbo, narguilé, maconha e a exposição passiva também contribuem para causar e piorar a doença. A poluição ambiental, a queima de biomassa como as queimadas de lavouras e uso de lenha para cozinhar, como o fogão a lenha, entram também neste grupo.
Embora a DPOC não tenha cura, os tratamentos disponíveis atuam retardando a progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações. É fundamental consultar um médico pneumologista para diagnóstico e tratamento adequados. A fisioterapia e os exercícios físicos com orientação profissional adequada de um fisioterapeuta também são aliados do paciente, além da reabilitação pulmonar e da suplementação de oxigênio, dependendo da gravidade.
Fontes:
Global Allergy & Airways Patient Platform
Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD)
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
Sociedade Paranaense de Tisiologia e Doenças Torácicas