Além dos problemas já alertados constantemente pelos pediatras – como alterações no sono, aumento no risco de obesidade, sedentarismo e transtornos de saúde mental e problemas comportamentais – as telas também têm um impacto direto na saúde dos olhos das crianças e adolescentes.
Para explicar as repercussões a curto prazo que o uso constante de smartphones e outros dispositivos digitais podem causar na visão dos pequenos, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lança nova publicação, produzida pelo Grupo de Trabalho de Oftalmologia Pediátrica da entidade.
Os efeitos oculares de longo prazo do celular e dos outros dispositivos digitais portáteis ainda são desconhecidos, mas o documento ressalta que já é possível identificar como esse hábito tem impactado a visão das crianças. Segundo os oftalmologistas, têm sido relatados efeitos na acomodação, superfície ocular, motilidade ocular e associação como fator de risco para miopia, acompanhados de sintomas extraoculares como dores no ombro e pescoço, cefaleia e dor nas costas.
Diante desse cenário, explicam os médicos, é preciso seguir algumas orientações para amenizar esses efeitos. Entre as recomendações às crianças estão: pisquem para estimular a hidratação dos olhos; façam um descanso com mirada a longa distância, numa luz natural, durante o uso das telas; buscar um especialista para avaliar a necessidade do uso de lágrimas artificiais; e manter as telas à distância de um braço e em um ângulo ligeiramente descendente do rosto das crianças.
Além de ajustar as configurações da tela do computador, incluindo contraste e brilho, para que seja confortável para as crianças, os médicos também dizem ser fundamental que os pais e responsáveis incentivem as crianças a saírem ou brincarem ao ar livre. A exposição à luz solar – cerca de 11 a 14 horas semanais – exerce fator protetivo sobre a incidência de miopia.
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