TRANSTORNOS RELACIONADOS AO USO DE SUBSTÂNCIAS


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SOLDERA, Meire; DALGALARRONDO, Paulo; CORREA FILHO, Heleno Rodrigues et al. Uso de drogas psicotrópicas por estudantes: prevalência e fatores sociais associados. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 277-83, abr. 2004. Disponível em Scielo

Trata-se de um estudo transversal com uma técnica de amostragem do tipo intencional comparando-se escolas públicas de áreas periféricas e centrais e escolas particulares. Foi utilizado um questionário anônimo de autopreenchimento. A amostra foi constituída por 2.287 estudantes de primeiro e segundo graus da cidade de Campinas, SP, no ano de 1998. Considerou-se uso pesado, o uso de drogas em 20 dias ou mais nos 30 dias que antecederam a pesquisa. Para análise estatística, utilizou-se a análise de regressão logística politômica – modelo logito, visando identificar fatores que influenciem este modo de usar drogas. O uso pesado de drogas lícitas e ilícitas foi de: álcool (11,9%), tabaco (11,7%), maconha (4,4%), solventes (1,8%), cocaína (1,4%), medicamentos (1,1%), ecstasy (0,7%). O uso pesado foi maior entre os estudantes da escola pública central, do período noturno, que trabalhavam, pertencentes aos níveis socioeconômicos A e B, e cuja educação religiosa na infância foi pouco intensa. Maior disponibilidade de dinheiro e padrões específicos de socialização foram identificados como fatores associados ao uso pesado de drogas em estudantes.