ATITUDES; PAIS; HESITAÇÃO VACINAL
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OLBRICH NETO, J.; OLBRICH, S. R. L. R. Attitudes, hesitancy, concerns, and inconsistencies regarding vaccines reported by parents of preschool children. Revista Paulista de Pediatria, v. 41, p. e2022009, 2023. Disponível em Scielo
Objetivo: Este estudo procurou avaliar atitudes, preocupações, informações e conhecimentos sobre vacinas por parte de responsáveis por crianças em idade pré-escolar que frequentam instituições de ensino infantil em um município do interior de São Paulo, Brasil, por meio de questionário autoaplicável. Métodos: Estudo transversal com o uso de questionário dirigido aos pais de crianças de até 72 meses, em escolas públicas e privadas, sobre conhecimentos e atitudes quanto à vacinação das crianças entre 2018 e 2019. Resultados: Entre 2.528 questionários entregues, 1.261 foram respondidos e agrupados conforme a escolaridade dos entrevistados. De acordo com as informações, 96,6% das crianças estavam com vacinas em dia. A prevalência de hesitação vacinal foi de 5,0%. Quanto menor a escolaridade, menor a renda, maior o número de habitantes na casa e maior o desconhecimento sobre vacinas. Quanto maior a escolaridade, menor hesitação e maior insatisfação com as informações recebidas. Conclusões: Em geral, os pais consideram as vacinas importantes para prevenir doenças, como proteção, e dizem que os benefícios superam os riscos. Manifestações positivas foram acompanhadas por dúvidas, preocupações, hesitações e inconsistências. O nível de escolaridade faz diferença no acesso a informações, no atendimento médico por pediatras e no sentimento de obrigatoriedade em vacinar. Os pais têm vacinado e ainda pretendem vacinar, mas garantir níveis de cobertura vacinal adequados será um desafio pós-pandemia.