VIOLÊNCIA; CONDIÇÕES DE TRABALHO; PESSOAL DE SAÚDE; PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF)


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SAMPAIO, Jéssyca Felix da Silva; ANDRADE, Cristiane Batista. Violência armada e repercussões no cotidiano de trabalho de profissionais da Estratégia de Saúde da Família. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 33, e33066, 2023. Disponível em Scielo

Em algumas regiões brasileiras, o cotidiano de profissionais de saúde é muitas vezes atravessado por episódios de violência armada e traz consequências para a organização do trabalho. Objetivo: analisar as repercussões da violência armada (VA) no cotidiano de trabalho de profissionais da ESF e suas percepções sobre a estratégia institucional do Acesso Mais Seguro (AMS). Método: Pesquisa qualitativa com entrevistas (roteiro semiestruturado) com quinze profissionais de uma unidade de saúde da ESF no Rio de Janeiro, que ocorreram no período de outubro de 2019 a janeiro de 2020. Por meio da história oral, indagamos sobre o cotidiano de trabalho, as dificuldades e percepções sobre a VA e a implantação do MAS. Resultados: Interrupções das atividades de cuidado em saúde, como a visita domiciliar e outras externas; o fechamento da unidade; a procura dos usuários por outros serviços de saúde; aumento do número de atendimentos da população com problemas de saúde relativos às repercussões da VA. Como estratégias de proteção dos profissionais, encontramos a implantação do AMS, que foi avaliado positivamente e o uso de redes sociais (WhatsApp) para a comunicação entre os profissionais sobre o território no qual trabalham. Conclusão: Salientamos a necessidade de ações de políticas públicas que efetivamente garantam a segurança à população e aos profissionais de saúde.