“Viver com uma DRM em todas as fases da vida” : 12/10 – Dia Mundial da Artrite


 

O Dia Mundial da Artrite é uma campanha de conscientização global, iniciada em 1996, que visa aumentar o conhecimento sobre a existência e o impacto das doenças reumáticas e musculoesqueléticas (DRM) entre todos os públicos.

The European Alliance of Associations for Rheumatology (EULAR), organizadora do evento, pretende aproveitar o tema da campanha do ano passado sobre a reumatologia ser uma especialização invisível da medicina, para oferecer mais informações e destacar a jornada de vida de uma pessoa com DRM, desde ser criança e paciente pediátrico até viver com a doença quando adulto, incluindo seu impacto em todos os aspectos da vida, como crescer, trabalhar, cuidar de outras pessoas ou envelhecer. Também destacará o papel dos reumatologistas (pediátricos e adultos) e diversos profissionais de saúde da área, desempenham no tratamento ao longo da vida do paciente.

Viver com DRM:

Atualmente, não há cura para a maioria das DRM. O diagnóstico é muitas vezes tardio e o tratamento deve ser seguido por muitos anos, se não por toda a vida. Isto significa check-ups regulares com o reumatologista e a equipe e, em casos mais graves, internações hospitalares ou cirurgia seguidas de reabilitação e fisioterapia – tudo isto requer tempo e energia consideráveis ​​e conduz a muitas incertezas sobre o futuro do indivíduo.

Como resultado, há um enorme impacto na qualidade de vida das pessoas afetadas que, sem acesso adequado ao diagnóstico, tratamento, reabilitação e serviços sociais, podem enfrentar barreiras significativas na educação, na vida profissional, nos relacionamentos e na criação de uma família, na vida social e nas atividades diárias. Tudo isso acompanhado de dores crônicas, efeitos colaterais de medicamentos, contratempos, medo, solidão, depressão e cansaço que influenciam a vida não só da pessoa com DRM, mas também de familiares e cuidadores.

 

As DRMs estão entre as doenças não transmissíveis mais prevalentes, incapacitantes e onerosas, porém, permanecem amplamente desconhecidas e não abordadas, apesar de sua gravidade e prevalência.

Artrite tem natureza inflamatória, crônica e progressiva, acometendo cerca de dois milhões de brasileiros, em especial mulheres. Se não tratada, pode provocar dor, rigidez e inchaço nas articulações, deformidades nos pés e mãos e desgaste nas cartilagens e nos ossos.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem fazer a diferença para que os pacientes tenham uma vida produtiva e com qualidade.

Suas causas não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais podem desempenhar papel importante em seu surgimento. Atinge mais mulheres do que homens e geralmente é diagnosticada por volta dos 40 anos, quando a/o paciente está no auge de sua fase produtiva, impondo várias limitações para suas atividades diárias.

Os sintomas mais comuns incluem dor e inchaço nas juntas, começando, geralmente, pelas pequenas articulações das mãos e pés. Com o passar do tempo, pode acometer as articulações maiores, de joelhos, quadris, tornozelos. Considerada doença sistêmica, pode afetar outros órgãos, incluindo coração, pulmão, pele e vasos sanguíneos.

Embora não tenha cura, a artrite reumatoide tem tratamento e pode ser controlada (com minimização e remissão dos sintomas), por meio de medicamentos de uso contínuo, que reduzem a atividade inflamatória característica da doença. A terapia medicamentosa pode ser complementada por dieta nutricional equilibrada, exercícios físicos e fisioterapia.

A fisioterapia e a terapia ocupacional contribuem para que o paciente possa continuar a exercer as atividades da vida diária.

A proteção articular deve garantir o fortalecimento da musculatura periarticular e adequado programa de flexibilidade, evitando o excesso de movimento.  O condicionamento físico, envolvendo atividade aeróbica, exercícios resistidos, alongamento e relaxamento, deve ser estimulado, observando-se os critérios de tolerância de cada paciente.

 

Fontes:

Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos/Fiocruz (BioManguinhos)
Sociedade Brasileira de Reumatologia
Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro
The European Alliance of Associations for Rheumatology (EULAR)