SÍNDROME DE IMUNODEFIÊNCIA ADQUIRIDA


027
TEIXEIRA, Tatiana Rodrigues de Araújo; GRACIE, Renata; MALTA, Monica Siqueira; BASTOS, Francisco I. Geografia social da AIDS no Brasil: identificando padrões de desigualdades regionais. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 259-271, fev. 2014. Disponível em Scielo

A tendência ao declínio e estabilização da epidemia de AIDS no Brasil deve ser analisada de forma criteriosa, uma vez que, num país de grande extensão territorial e diversidade, dados agregados podem mascarar desigualdades regionais ou locais. Este estudo reavalia a difusão espacial da epidemia e o padrão de mortalidade secundária à AIDS no Brasil. Foram considerados todos os casos diagnosticados em maiores de 18 anos, residentes no país, bem como os óbitos registrados em 1998-2008. Foram estimadas taxas médias móveis trienais e realizada análise espacial com auxílio do método bayesiano empírico local. Verificou-se que a epidemia encontrava-se em expansão apenas no Norte e Nordeste, enquanto declinava no restante do país, acentuadamente no Sudeste. Os achados mostram que a aparente estabilização da mortalidade por AIDS tende a mascarar disparidades regionais. Os determinantes sociais da saúde e disparidades regionais devem ser levadas em conta na formulação de programas e políticas.