12/11 – Dia Mundial da Pneumonia


O Dia Mundial da Pneumonia foi proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2.009, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção da doença, que continua sendo a principal causa de morte de crianças com até 5 anos de idade – mais de 2.000 morrem diariamente por pneumonia no mundo; as mais vulneráveis ​​vivem em comunidades rurais e pobres. As mais de 880.000 mortes de crianças ocorridas em 2.017, sublinham a necessidade de melhorar o acesso equitativo a cuidados, diagnósticos e tratamentos de qualidade.

Trabalhar ativamente para prevenir e tratar a pneumonia apoia o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3: Garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos em todas as idades, e em particular, o ODS 3.2 – acabar com as mortes evitáveis ​​de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos até 2030 – objetivos que não poderão ser alcançados sem esforço e recursos contínuos para combater a pneumonia.

No Brasil, embora a taxa de mortalidade da pneumonia esteja em queda (redução de 25,5% entre 1990 e 2015), a quantidade de internações e o alto custo do tratamento ainda são desafios para a saúde pública e a sociedade como um todo. Entre janeiro e agosto de 2.018, 417.924 pacientes foram hospitalizados por causa da pneumonia, totalizando gastos totais de mais de R$ 378 milhões com serviços hospitalares.

A pneumonia é uma doença inflamatória aguda que acomete os pulmões e pode ser provocada por bactérias, vírus, fungos ou pela inalação de produtos tóxicos.

Sintomas:

As principais manifestações clínicas da pneumonia são tosse com produção de expectoração; dor torácica, que piora com os movimentos respiratórios; mal-estar geral; falta de ar e febre.

Transmissão:

A pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou, na época do inverno, devido a mudanças bruscas de temperatura. Essas mudanças comprometem o funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que acarreta uma maior exposição aos micro-organismos causadores da doença.

Diagnóstico e tratamento:

Exame clínico, auscultação dos pulmões e radiografias de tórax são recursos essenciais para o diagnóstico de pneumonia. O tratamento depende do micro-organismo causador da doença. Nas pneumonias bacterianas, devem-se usar antibióticos. Na maior parte das vezes, quando a pneumonia é causada por vírus, o tratamento inclui apenas medicamentos para aliviar os sintomas, como febre e dor, podendo ser necessários medicamentos antivirais nas formas graves da doença. Nas pneumonias causadas por fungos, utilizam-se medicamentos específicos. É muito importante saber que, se não tratada, a pneumonia pode evoluir para um quadro mais grave, causando até a morte.

Fatores de risco:

– fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos;
– álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório;
– ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias;
– resfriados mal cuidados;
– mudanças bruscas de temperatura.

Prevenção:

As principais formas de prevenir a doença são recomendações simples: lavar as mãos, não fumar, não usar bebidas alcoólicas, evitar aglomerações e se vacinar. Além da vacina da gripe há, ainda, a vacina anti-pneumocócica para prevenir as pneumonias causadas pela bactéria ‘pneumococo’. Em caso de contágio, a imunização diminui a intensidade dos sintomas, além de evitar as formas graves da doença e a mortalidade para esse tipo específico de pneumonia.

Algumas das populações prioritárias para receber a vacina são: adultos com idade igual ou superior a 60 anos, portadores de doenças crônicas, indivíduos com deficiências no sistema imunológico, gestantes, residentes em lares de idosos, profissionais da saúde, cuidadores de crianças, indígenas, população carcerária, tabagistas e pessoas com asma.

Fontes:

Fundação Oswaldo Cruz

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

Stop Pneumonia

Unicef