Mamografia é o exame radiológico dos tecidos mamários feito por um equipamento de raios X chamado mamógrafo. Esse exame apresenta uma baixa dose de radiação e fornece uma imagem do interior das mamas e parte das axilas. O médico analisa essas imagens e procura algo de anormal.
Para a realização da mamografia, a mama é colocada entre duas placas de acrílico para espalhar o tecido da glândula e é feita a radiografia.
O método, somado ao exame clínico das mamas, é capaz de identificar alterações suspeitas de câncer de mama, cuja confirmação é feita em laboratório, por meio de análise histopatológica (biópsia), de uma pequena parte retirada da lesão.
A maioria das lesões que necessitam de biópsia NÃO são câncer de mama. Assim, biópsia NÃO é sinônimo de câncer!
O Dia Nacional da Mamografia, instituído pela Lei nº 11.695/2008, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do exame para identificar lesões de câncer de mama nos estágios iniciais, o que permite um índice de cura que pode chegar a 98%.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta que a mamografia preventiva, ou de rastreamento, não evita o surgimento do tumor, mas é o exame mais eficiente para detecção do câncer de mama ainda não-palpável clinicamente (com menos de 1cm), que apresenta alto índice de recuperação se for tratado adequadamente.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam a ocorrência de 73.610 novos casos para 2022 e o número de mortes em 18.032, sendo 207 homens e 17.825 mulheres (2020 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.
Porém, não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro, em cada cinco casos, ocorrem após os 50 anos). Outros fatores aumentam o risco da doença.
Fatores ambientais e comportamentais:
– Obesidade e sobrepeso;
– Inatividade física;
– Consumo de bebida alcoólica;
– Exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, Raios-X, mamografia, etc.);
– Tabagismo.
Fatores da história reprodutiva e hormonal:
– Primeira menstruação antes de 12 anos;
– Não ter tido filhos;
– Primeira gravidez após os 30 anos;
– Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
– Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
– Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
Fatores genéticos e hereditários:
– História familiar de câncer de ovário;
– Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
– História familiar de câncer de mama em homens;
– Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
– Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher;
– Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
– Alterações no bico do peito (mamilo);
– Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
– Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
Sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.
Tratamento:
Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas décadas. Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis.
O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).
Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
A atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo terapêutico.
Prevenção:
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
– Praticar atividade física;
– Manter o peso corporal adequado;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– Amamentar seu bebê;
– Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção contra o câncer.
Não fumar e evitar o tabagismo passivo são medidas que podem contribuir para a prevenção do câncer de mama.
Fontes:
A. C. Camargo Cancer Center
Escola Paulista de Medicina (UNIFESP)
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Sociedade Brasileira de Mastologia