A ação coletiva em 150 países de todo o mundo faz do Dia Mundial da Alimentação uma das datas mais celebradas do calendário das Nações Unidas. Centenas de eventos e atividades de divulgação reúnem governos, empresas, organizações da sociedade civil, mídia, público e jovens, para promoverem a conscientização, a ação mundial em prol dos que sofrem com a fome e alertarem para a necessidade de garantir alimentação saudável para todos, sem deixar ninguém para trás.
Embora tenha havido progressos na construção de um mundo melhor, muitas pessoas foram deixadas para trás e não podem se beneficiar do desenvolvimento humano, da inovação ou do crescimento econômico.
Milhões de indivíduos não têm recursos que lhe permitam adquirir uma dieta saudável, colocando-se em alto risco de insegurança alimentar e desnutrição. Mas acabar com a fome não é apenas uma questão de oferta, pois há, hoje, alimentos suficientes sendo produzidos para alimentar a todos no planeta. A campanha de 2022 tem como foco o desafio da redução das desigualdades, incluindo a segurança alimentar e nutricional no mundo.
Existem cerca de oito bilhões de pessoas na Terra que compartilham um sistema alimentar, porém, o acesso e a disponibilidade de alimentos nutritivos são um desafio impulsionado por outras questões, como conflitos, doenças, desigualdades, mudanças climáticas e preços crescentes de alimentos e combustíveis ameaçam a segurança alimentar.
Em todo o mundo, mais de 80% dos extremamente pobres vivem em áreas rurais e muitos dependem da agricultura e dos recursos naturais para sobreviver. Essas pessoas, geralmente são as mais atingidas por desastres, naturais ou causados pelo homem e, muitas vezes, são marginalizados devido ao seu gênero, origem étnica ou status.
Melhor produção, melhor nutrição: ambiente e vida melhores
Diante de crises globais, soluções globais são necessárias, mais do que nunca. Ao almejar produção, nutrição, ambiente e vida melhores, é possível transformar os sistemas agroalimentares e avançar através da implementação de soluções sustentáveis e holísticas que considerem o desenvolvimento a longo prazo, o crescimento econômico inclusivo e maior resiliência.
Para entender como a fome e a desnutrição atingiram níveis críticos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação a Agricultura (FAO), publicou o relatório: “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2021”.
O documento apresenta a primeira avaliação global de insegurança alimentar e desnutrição para 2020 e oferece algumas indicações do panorama da fome até 2030, em um cenário ainda mais complicado pelos efeitos duradouros da pandemia de COVID-19.
De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, em 2022, 33,1 milhões de pessoas no país não têm o que comer.
São 14 milhões de novos brasileiros em situação de fome em pouco mais de um ano. Além disso, mais da metade da população brasileira (58,7%) convive com a insegurança alimentar em algum grau: leve, moderado ou grave (fome).
Em alusão à data, o Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fundação Oswaldo Cruz – Brasília, realiza, no dia 19 de outubro, o seminário ‘Dia Mundial da Alimentação – O Princípio de Não Deixar Ninguém para Trás’.
O evento vai refletir sobre os avanços, retrocessos e estratégias para atingir os compromissos globais assumidos em 2015 em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para erradicar a fome, a pobreza, garantir a paz e permitir à população mundial uma vida digna e plena com sustentabilidade para o planeta.
Seminário Dia Mundial da Alimentação – O princípio de “Não deixar ninguém para trás” (Evento híbrido – online e presencial)
Dia: 19/10/2022
Hora: 15h às 17h
Fontes:
Conselho Regional de Nutrição da 1ª. região
Fundação Oswaldo Cruz
International Institute for Sustainable Development
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)