16/10 – Dia Mundial da Alimentação


 

A ação coletiva em 150 países de todo o mundo faz do Dia Mundial da Alimentação uma das datas mais celebradas do calendário das Nações Unidas. Centenas de eventos e atividades de divulgação reúnem governos, empresas, organizações da sociedade civil, mídia, público e jovens, para promoverem a conscientização, a ação mundial em prol dos que sofrem com a fome e alertarem para a necessidade de garantir alimentação saudável para todos, sem deixar ninguém para trás.

Embora tenha havido progressos na construção de um mundo melhor, muitas pessoas foram deixadas para trás e não podem se beneficiar do desenvolvimento humano, da inovação ou do crescimento econômico.

Milhões de indivíduos não têm recursos que lhe permitam adquirir uma dieta saudável, colocando-se em alto risco de insegurança alimentar e desnutrição. Mas acabar com a fome não é apenas uma questão de oferta, pois há, hoje, alimentos suficientes sendo produzidos para alimentar a todos no planeta. A campanha de 2022 tem como foco o desafio da redução das desigualdades, incluindo a segurança alimentar e nutricional no mundo.

Existem cerca de oito bilhões de pessoas na Terra que compartilham um sistema alimentar, porém, o acesso e a disponibilidade de alimentos nutritivos são um desafio impulsionado por outras questões, como conflitos, doenças, desigualdades, mudanças climáticas e preços crescentes de alimentos e combustíveis ameaçam a segurança alimentar.

Em todo o mundo, mais de 80% dos extremamente pobres vivem em áreas rurais e muitos dependem da agricultura e dos recursos naturais para sobreviver. Essas pessoas, geralmente são as mais atingidas por desastres, naturais ou causados ​​pelo homem e, muitas vezes, são marginalizados devido ao seu gênero, origem étnica ou status.

Melhor produção, melhor nutrição: ambiente e vida melhores

Diante de crises globais, soluções globais são necessárias, mais do que nunca. Ao almejar produção, nutrição, ambiente e vida melhores, é possível transformar os sistemas agroalimentares e avançar através da implementação de soluções sustentáveis ​​e holísticas que considerem o desenvolvimento a longo prazo, o crescimento econômico inclusivo e maior resiliência.

Para entender como a fome e a desnutrição atingiram níveis críticos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação a Agricultura (FAO), publicou o relatório: “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2021”.

O documento apresenta a primeira avaliação global de insegurança alimentar e desnutrição para 2020 e oferece algumas indicações do panorama da fome até 2030, em um cenário ainda mais complicado pelos efeitos duradouros da pandemia de COVID-19.

 

De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, em 2022, 33,1 milhões de pessoas no país não têm o que comer.

São 14 milhões de novos brasileiros em situação de fome em pouco mais de um ano. Além disso, mais da metade da população brasileira (58,7%) convive com a insegurança alimentar em algum grau: leve, moderado ou grave (fome).

Em alusão à data, o Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fundação Oswaldo Cruz – Brasília, realiza, no dia 19 de outubro, o seminário ‘Dia Mundial da Alimentação – O Princípio de Não Deixar Ninguém para Trás’.

O evento vai refletir sobre os avanços, retrocessos e estratégias para atingir os compromissos globais assumidos em 2015 em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para erradicar a fome, a pobreza, garantir a paz e permitir à população mundial uma vida digna e plena com sustentabilidade para o planeta.


Seminário Dia Mundial da Alimentação – O princípio de “Não deixar ninguém para trás”
(Evento híbrido – online e presencial)

Dia: 19/10/2022
Hora: 15h às 17h

Faça sua inscrição aqui!

 

Fontes:

Conselho Regional de Nutrição da 1ª. região
Fundação Oswaldo Cruz
International Institute for Sustainable Development
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)