25/10 – Dia Nacional da Saúde Bucal


 

O Dia Nacional da Saúde Bucal, instituído pela Lei nº 10.465/2002, é comemorado em 25 de outubro, data em que também é celebrado o Dia do Cirurgião Dentista. A campanha tem o objetivo de chamar a atenção para a importância da saúde bucal, sendo também uma oportunidade de incentivar a população, famílias, comunidades e governos a tomarem medidas para reduzir o número de indivíduos com doenças bucais.

A boca desempenha importantes funções que repercutem na saúde do organismo como um todo. Além de exercer papel fundamental na fala, na mastigação e na respiração, a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente, sendo a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos prejudiciais à saúde

Os cuidados com os dentes, gengiva e mucosa bucal (área da bochecha) são importantes porque podem interferir na capacidade de as pessoas realizarem atividades como trabalhar e estudar, além de melhorar a autoestima e a autoconfiança.

Os dentistas podem esclarecer a população a respeito, por exemplo, da importância da alimentação saudável e dos hábitos de higiene para a manutenção da saúde bucal. Podem, ainda, trazer informações sobre como os hábitos do cotidiano podem influenciar e melhorar a saúde geral e a vida das pessoas.

Hábitos simples como escovar os dentes e usar fio dental podem ser repassados aos indivíduos de forma individual, em uma consulta ou de forma coletiva, em uma palestra.

Uma boa higiene bucal diminui o risco de desenvolvimento de problemas bucais e dentários, sendo importante ressaltar que doenças da boca têm relação direta com o fumo, o consumo de álcool e a má alimentação.

A maioria da população vai à consulta odontológica quando sente algum tipo de dor ou incômodo na cavidade oral. O hábito de consultar o cirurgião-dentista apenas de forma preventiva ainda acontece pouco.

Problemas bucais mais comuns:

– Cárie: desintegração do dente provocada pela higiene inadequada, ingestão de doces e carboidratos ou, ainda, por complicações de outras doenças que diminuem a quantidade de saliva na boca. (Ex.: pessoas em tratamento quimioterápico ou radioterápico para o câncer).

– Lesões bucais e aftas: inchaços, manchas ou feridas na boca, língua ou lábios; podem ser provocadas por herpes labial, candidíase (sapinho) e próteses (dentaduras) mal ajustadas.

– Mau hálito: tem várias causas, dentre elas: higiene bucal inadequada (falta de escovação adequada e falta do uso do fio dental); gengivite; ingestão de certos alimentos como, alho ou cebola; tabaco e produtos alcoólicos; boca seca (causada por certos medicamentos, por distúrbios e por menor produção de saliva durante o sono); doenças sistêmicas como câncer, diabetes, problemas com o fígado e rins.

A língua possui diversas papilas gustativas entre as quais se formam criptas, ou seja, saquinhos que retêm resíduos de alimentos, células descamadas que começam a fermentar, formando uma placa bacteriana esbranquiçada que aparece no fundo da língua, em direção à ponta, a chamada saburra lingual; essa é, sem dúvida, a principal causa do mau hálito.

– Gengivite: inflamação da gengiva provocada pela placa bacteriana.

– Placa bacteriana: é o conjunto de bactérias que coloniza a cavidade bucal. A placa bacteriana fixa-se principalmente nas regiões de difícil limpeza, como a região entre a gengiva e os dentes ou a superfície dos dentes de trás, provocando cáries e formação de tártaro.

– Tártaro: é o endurecimento da placa bacteriana na superfície dos dentes.

– Câncer da boca: também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua.

Prevenção de problemas bucais:

– eliminação da placa bacteriana por meio de escovação adequada e do uso do fio dental;
– limpeza da língua, utilizando um raspador, a fim de retirar a saburra lingual;
– uso racional do açúcar evitando o consumo excessivo de doces;
– utilização adequada do flúor, com cremes dentais fluorados;
– evitar o uso de próteses mal ajustadas;
– evitar o fumo e o consumo de bebidas alcoólicas;
– qualquer alteração na boca, desde mudanças na coloração até o surgimento de lesões parecidas com uma afta, que não cicatrizem em até 15 dias, devem ser examinadas por um dentista ou médico;
– ir ao dentista regularmente.

 

Fontes:

Dr. Dráuzio Varella. Mau hálito
Instituto Nacional de Câncer
Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica, n. 17
Serviço Social do Comércio. Manual técnico de educação em saúde bucal
Telessaúde Sergipe