O câncer caracteriza-se pelo crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores responsáveis por mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas.
O de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, no mundo. No Brasil, há um crescimento de 25% no número de novos casos a cada ano. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se que 66,54 novos casos serão diagnosticados a cada 100 mil mulheres entre 2023 e 2025. Ou seja: é esperado o surgimento de mais de 73 mil casos no período. Este tipo de câncer também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos.
Em âmbito global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 2,3 milhões de mulheres receberam o diagnóstico da doença em 2020, com 685 mil mortes em todo o mundo.
Fatores de risco:
– Idade (após os 50 anos);
– Obesidade e sedentarismo;
– Consumo de bebidas alcóolicas;
– Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio progesterona);
– Exposição a radiações ionizantes;
– Histórico familiar;
– Tabagismo.
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
– Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher;
– Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
– Alterações nos mamilos, como retrações;
– Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
– Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
Detecção precoce:
Em grande parte dos casos o câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.
Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.
Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. A recomendação brasileira segue a orientação da Organização Mundial da Saúde e de países que adotam o rastreamento mamográfico.
Tratamento:
O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra e do tipo de tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).
Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já ter se espalhado para outros órgãos, o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida da mulher.
Prevenção:
Cerca de 17% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
– Praticar atividade física;
– Manter o peso corporal adequado;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– Amamentar seu bebê (a amamentação pelo máximo de tempo possível é um fator de proteção contra o câncer);
– Não fumar e evitar o tabagismo passivo.
O Dia Nacional de Luta Contra o Câncer de Mama foi instituído pela Lei nº 12.116/2009, com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença, o tratamento e, principalmente, sobre a prevenção.
Fontes:
Associação de Obstetrícia e Ginecologia (RS)
Centro de Saúde da Comunidade (UNICAMP)
Hospital Israelita Albert Einstein
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Santa Casa de Maringá (PR)