O Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é organizado pela Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) em colaboração com profissionais de saúde e grupos de pacientes com DPOC em todo o mundo.
Seu objetivo é aumentar a conscientização, compartilhar conhecimentos e discutir maneiras de reduzir a carga da doença em todo o mundo.
A primeira campanha foi realizada em 2002 e a cada ano mais de 50 países realizam atividades, tornando o dia um dos eventos de conscientização e educação mais importantes do mundo sobre a doença.
“Pulmões Saudáveis – Mais Importante do que Nunca” é o tema da campanha de 2021. O objetivo deste ano é destacar que o fardo da DPOC permanece e apesar da atual pandemia global de COVID, continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, portanto, não há momento mais importante para se concentrar na saúde pulmonar!
Cerca de 300 milhões de pessoas têm DPOC atualmente. A doença ainda é a 3ª causa de morte globalmente e muito prevalente, sobretudo em países de baixa e média renda.
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) constitui um grupo de doenças respiratórias que inclui a bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas e paralisação da atividade dos cílios) e o enfisema (danos irreversíveis nos alvéolos), intimamente relacionadas ao tabagismo.
O cigarro é responsável pela imensa maioria dos casos. A constante exposição a elementos irritantes, como poeira, poluentes do ar e vapores químicos, também pode contribuir para o aparecimento da doença.
A DPOC é uma doença insidiosa de instalação lenta. Geralmente, o primeiro sintoma é uma discreta falta de ar (dispneia) associada a esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades esportivas.
Com o passar do tempo, a falta de ar vai se tornando mais intensa e aparece por esforços cada vez menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar se manifesta mesmo com o doente em repouso e se agrava muito diante das atividades mais corriqueiras. Tosse produtiva e encurtamento da respiração são sintomas que também podem estar presentes nos quadros de doenças pulmonares obstrutivas.
Parar de fumar é a única forma de impedir o declínio progressivo da função respiratória. Chicletes, adesivos de nicotina e drogas antidepressivas associados a terapias comportamentais são de grande utilidade para o tratamento da dependência de nicotina nos portadores de DPOC.
Diversos estudos demonstraram que, nos casos mais graves, o único tratamento médico capaz de aumentar a sobrevida das pessoas com a doença é a oxigenioterapia. Técnicas fisioterápicas de reabilitação respiratória aumentam a resistência aos esforços e melhoram a qualidade de vida, mas, aparentemente, não prolongam a sobrevida.
Recomendações:
– Evite fumar. Dependendo de quanto os pulmões estejam afetados, parar de fumar pode reduzir ou mesmo eliminar os sintomas da bronquite crônica e impedir a progressão do enfisema, embora não reverta o processo já instalado. Os danos aos alvéolos são permanentes, por isso os sintomas do enfisema não desaparecem;
– Não se auto engane. Se você é fumante, considere que a dependência de nicotina pode levá-lo a tornar-se dependente dos outros para as tarefas mais insignificantes e corriqueiras;
– Fique atento: todos os pacientes de DPOC devem receber anualmente a vacina contra a gripe e a contra o pneumococo, para evitar que a concomitância de processos infecciosos agrave o quadro respiratório;
– Saiba que o aumento progressivo da longevidade ocorrido na segunda metade do século XX e o enorme contingente de fumantes colocaram a DPOC entre as cinco enfermidades mais prevalentes nos países industrializados e em certas regiões do Brasil.
Saiba mais sobre a DPOC com o vídeo educativo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia!
Fontes:
Dr. Dráuzio Varella
Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD)
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia