Um relatório lançado em janeiro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou a situação de 20 dessas moléstias, chamadas de doenças tropicais negligenciadas.
Em comum, elas atingem predominantemente pessoas e países pobres, o que ajuda a explicar os investimentos insuficientes em prevenção, diagnóstico e tratamento.
Resultado do trabalho de mais de 50 técnicos e especialistas, o documento mostra um conjunto de avanços no combate a essas doenças desde uma reunião ocorrida em Londres, na Inglaterra, em 2012. Na ocasião, representantes de governos, de empresas farmacêuticas, do Banco Mundial, da OMS e da Fundação Bill & Melinda Gates estabeleceram um roteiro para enfrentá-las. O resultado foi que, nesses oito anos, 600 milhões de pessoas saíram da zona de suscetibilidade às doenças negligenciadas e 42 países conseguiram se livrar de pelo menos uma delas.
Apesar dos progressos, a OMS estima que 1,74 bilhão de pessoas ainda sofra com tais doenças, que são responsáveis por 500 mil mortes anuais. Por isso, o Relatório da OMS estabeleceu um novo roteiro de metas para 2030, alinhadas com os Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, que preveem acabar com epidemias dessas moléstias no mundo nos próximos 10 anos.
Fonte:
Revista Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)