“Uma Saúde, Zero Mortes”: 28/9 – Dia Mundial da Raiva


 

28 de setembro de 1895 é a data de falecimento de Louis Pasteur, cientista francês criador da vacina contra a raiva. Suas descobertas em vários campos das ciências naturais e suas contribuições para a saúde pública salvaram inúmeras vidas, motivo pelo qual é homenageado nesse dia, com a campanha mundial contra a doença.

Este ano marca a 16ª comemoração do Dia Mundial da Raiva. O tema de 2022, escolhido pela Global Alliance for Rabies Control (GARC): “Raiva: Uma Saúde, Zero Mortes” destaca a conexão entre meio ambiente, pessoas e animais.

Criada propositadamente como uma mensagem positiva, a temática lembra à comunidade global que a eliminação da raiva é possível. Há ferramentas e experiência para implementar uma abordagem cooperativa, em escala intersetorial e multidisciplinar entre as equipes profissionais de saúde humana, animal e ambiental para que se alcance a meta de eliminação de mortes humanas por raiva transmitida por cães, até 2030. (“ZERO BY 30: Global strategic plan for the elimination of dog-mediated human rabies deaths by 2030”)

A raiva é a única Doença Tropical Negligenciada (DTN) 100% evitável por vacina. Mata mais de 59.000 pessoas em todo o mundo a cada ano e está presente em todos os continentes afetando cerca de 150 países.

A imunização canina em massa é eficaz e constitui a principal ação para prevenir a raiva em cães, sendo recomendado manter a cobertura vacinal da população canina em 80%, como estratégia para reduzir a circulação do vírus em hospedeiros suscetíveis e prevenir casos de raiva humana por transmissão canina. Na região das Américas, cerca de 100 milhões de cães são vacinados anualmente em campanhas de vacinação.

 

A raiva é uma das mais antigas doenças conhecidas pela humanidade. É uma infecção viral transmitida pela saliva de animais infectados, geralmente através de mordidas e arranhões. Após o contato com a pele lesionada, o vírus entra no corpo e chega ao cérebro, causando uma encefalite aguda, considerada letal em aproximadamente 100% dos casos

Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe, incluindo fraqueza geral, desconforto, febre, dor de cabeça, inquietude, perturbação do sono, queimação, formigamento e dor no local da lesão. À medida que a doença avança, ocorrem alucinações, espasmos musculares involuntários e paralisia leve ou parcial, que pode levar à morte.

O período de incubação pode ser de alguns dias a até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses, no cão. Entre as crianças, a tendência é de que esse período seja menor do que em adultos. Logo após apresentar os sintomas, a doença é quase sempre fatal.

Em caso de acidente com mordedura de animais suspeitos, deve-se procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação do protocolo pós-exposição, que consiste no uso de vacina e de soro antirrábico.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde distribui a vacina contra a raiva animal para Estados e Municípios efetuarem as campanhas de vacinação de cães e gatos domésticos, de forma descentralizada, preferencialmente anuais, como estratégia de prevenção da doença.

 

Fontes:

Global Alliance for Rabies Control
Ministério da Saúde
Organização Pan-americana da Saúde
Prefeitura Municipal de Brasilância (MS)
Universidade de Passo Fundo
World Health Organization