O Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM) é um evento global de saúde celebrado no dia 30 de maio de cada ano com a intenção de reconhecer o impacto econômico, social e cultural trazido pela doença e, posteriormente, trabalhar pela aceitação, apoio e inclusão dos pacientes. A campanha anual foi criada pela Multiple Sclerosis International Federation (MSIF) e teve início em 2009.
Estima-se que cerca de 40 mil brasileiros sejam afetados pela doença.
O tema escolhido para o período 2020-2023 é “Conexões”, cujo objetivo é desafiar as barreiras sociais que deixam pessoas afetadas pela EM se sentindo solitárias e socialmente isoladas. É, ainda, uma oportunidade de exigir melhores serviços, celebrar redes de apoio e defender o autocuidado.
‘Conexões’ enfatiza a importância de construir:
– Auto conexão;
– Conexões com os outros;
– Conexões para oferecer cuidados de qualidade para pessoas que sofrem de EM.
A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares.
Embora as causas da doença ainda sejam desconhecidas, a EM tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes, geralmente jovens, e de modo especial mulheres de 20 a 40 anos.
Pode manifestar-se por diversos sintomas:
– Fadiga: Manifesta-se por um cansaço intenso e momentaneamente incapacitante. Muito comum quando o paciente se expõe ao calor ou realiza um esforço físico intenso.
– Alterações fonoaudiológicas: alterações ligadas à fala e à deglutição.
– Transtornos visuais: visão embaçada, visão dupla.
– Problemas de equilíbrio e coordenação: perda de equilíbrio, tremores, instabilidade ao caminhar, vertigens e náuseas, falta de coordenação, debilidade nas pernas e ao caminhar, fraqueza geral.
– Espasticidade: rigidez de um membro ao movimentar-se, principalmente membros inferiores.
– Transtornos cognitivos;
– Transtornos emocionais;
– Transtornos da sexualidade.
Tratamento:
A doença não tem cura e seu tratamento consiste em atenuar os sintomas e desacelerar sua progressão.
Os medicamentos disponíveis para Esclerose Múltipla buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos* ao longo dos anos, contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente.
Aliada ao tratamento medicamentoso, a neurorreabilitação é fundamental para reduzir a espasticidade, os espasmos, a fadiga e a depressão, dentre diversos outros sintomas.
Terapias complementares e de apoio promovem aos pacientes harmonia física e emocional, auxiliando na melhora da capacidade de realizar atividades do dia a dia, contribuindo com melhorias no aspecto psicológico, como na autoestima, na autoconfiança e na aceitação de sua condição. No aspecto físico, ajudam a aliviar dores, melhoram a força e a flexibilidade.
* Os surtos da doença são crises inflamatórias que, ao agredirem a bainha de mielina, provocam os sintomas. Essa inflamação normalmente dura algumas semanas, desaparecendo depois.
Obs.: Esclerose múltipla não é doença mental; não é contagiosa e não é suscetível de prevenção.
Fontes:
Associação Brasileira de Esclerose Múltipla
Dr. Dráuzio Varella
Multiple Sclerosis International Federation
World MS Day