O Dia Mundial Contra a Raiva é uma campanha global que começou em 2007 com o objetivo de aumentar a conscientização e para destacar o progresso no combate a esta terrível doença que, embora 100% evitável, mata mais de 59.000 pessoas em todo o mundo a cada ano e está presente em todos os continentes afetando cerca de 150 países.
A data marca o aniversário da morte de Louis Pasteur, químico e microbiologista francês que desenvolveu a primeira vacina contra a raiva.
A pandemia global de COVID-19 levantou muitas dúvidas e equívocos sobre doenças, sua propagação e sobre a vacinação em geral, provocando hesitação e medo entre as pessoas em muitos países.
No caso da raiva, isso não é novidade, já que medos, equívocos e desinformação sobre a doença e sua prevenção datam de centenas de anos. Assim, o tema de 2021 está focado em compartilhar fatos e não em espalhar o medo sobre a doença, com desinformação e mitos.
Hoje, vacinas animais e humanas, seguras e eficazes, estão entre as ferramentas mais importantes que existem para eliminar as mortes humanas por raiva, enquanto a conscientização é o principal motivador para o sucesso das comunidades em se engajar na prevenção eficaz da doença.
A raiva é uma infecção viral transmitida pela saliva de animais infectados, geralmente através de mordidas e arranhões. Após o contato com a pele lesionada, o vírus entra no corpo e chega ao cérebro, causando inchaço ou inflamação.
Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe, incluindo fraqueza geral, desconforto, febre, dor de cabeça, inquietude, perturbação do sono, queimação, formigamento e dor no local da lesão. À medida que a doença avança, ocorrem alucinações, espasmos musculares involuntários e paralisia leve ou parcial, que pode levar à morte.
O período de incubação pode ser de alguns dias a até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses, no cão. Entre as crianças, a tendência é de que esse período seja menor do que em adultos. Logo após apresentar os sintomas, a doença é quase sempre fatal.
Em caso de acidente com mordedura de animais suspeitos, deve-se procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação do protocolo pós-exposição, que consiste no uso de vacina e de soro antirrábico.
No Brasil, o Ministério da Saúde distribui a vacina contra a raiva animal para Estados e Municípios efetuarem, de forma descentralizada, as campanhas preferencialmente anuais, de vacinação de cães e gatos domésticos como estratégia de prevenção da doença.
Fontes:
Centers for Diseases Control and Prevention
Global Alliance for Rabies Control
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
Universidade de Passo Fundo
World Health Organization