HIPERTENSÃO


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FIGUEIREDO, Natalia Negreiros; ASAKURA, Leiko. Adesão ao tratamento anti-hipertensivo: dificuldades relatadas por indivíduos hipertensos. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 23, n. 6, p. 782-787, 2010. Disponível em Scielo

OBJETIVOS: Caracterizar pacientes hipertensos e conhecer suas principais dificuldades para aderir ao tratamento proposto pela equipe de saúde. MÉTODOS: Os dados foram coletados em prontuários e por meio de entrevistas com 54 pacientes hipertensos. RESULTADOS: Dentre os 54 pacientes hipertensos 66,7% eram do sexo feminino, adultos com idade entre 30 e 90 anos. As médias da pressão arterial (mmHg) sistólica e diastólica foram 138 e 83, respectivamente, mas apenas metade dos pacientes apresentava pressão arterial controlada. Observou-se associação entre o conhecimento sobre a doença e o seguimento das orientações para o tratamento da hipertensão. A principal dificuldade relatada foi seguir dieta hipossódica. Comparando-se as orientações prescritas com aquelas que os pacientes referiram ter recebido, houve concordância em 37 casos. CONCLUSÃO: A comunicação entre os membros da equipe de saúde e os pacientes deve ser melhorada, e as pessoas envolvidas no tratamento da hipertensão precisam discutir as dificuldades encontradas e buscar formas de resolvê-las.

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SANTA-HELENA, Ernani Tiaraju de; NEMES, Maria Ines Battistella; ELUF NETO, José. Fatores associados a não-adesão ao tratamento com anti-hipertensivos em pessoas atendidas em unidades de saúde da família. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 12, p. 2389-2398, dez. 2010. Disponível em Scielo

Para estimar a prevalência e analisar fatores associados a não-adesão ao tratamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica, atendidas em unidades de saúde da família, procedeu-se a estudo transversal com 595 pacientes. A variável dependente não-adesão foi medida com questionário (Questionário de Adesão a Medicamentos – QAM-Q). Foram coletadas variáveis sócio-econômicas, assistenciais, pessoais e do tratamento, analisadas por modelo de regressão logística hierarquizado. A prevalência de não-adesão foi de 53%. As variáveis associadas à não-adesão foram: (1) sócio-econômicas – pertencer às classes econômicas C/D/E, estar inserido no mercado de trabalho, em ocupações não qualificadas; (2) assistenciais – precisar comprar os medicamentos e mais que 6 meses desde a última consulta, e; (3) características das pessoas e do tratamento – interromper previamente o tratamento, estar em tratamento há menos de 3 anos e presença de transtorno mental comum. O estudo dos determinantes da não-adesão articulados em um modelo hierarquizado sugere que as desigualdades sociais se mostram diretamente associadas a não-adesão, ou mediadas por fatores dos serviços e das pessoas.