Medicina


 

A história da medicina teve início há milhares de anos, com origem em rituais e magias que tinham como objetivo afastar as doenças. A arte de curar (significado da palavra medicina, derivada do latim) é, portanto, uma prática antiga, mas que está em constante evolução.

Medicina é a ciência que estuda a saúde como um todo. Seu objetivo é prevenir e combater doenças, manter a qualidade de vida e promover o bem-estar, seja ele individual ou coletivo. Difere-se de acordo com aspectos culturais e religiosos de determinados povos e regiões do planeta, mas em sua essência, se preocupa com a cura das doenças.

Hipócrates (460 a 377 a.C., considerado o pai da Medicina ocidental) recomendava aos médicos que fossem portadores de habilidades naturais, cultura, perseverança, dedicação e disposição para o estudo e o trabalho, aspectos que já prenunciavam as dificuldades da profissão. Assim, o curso de Medicina é visto como um dos mais difíceis, por exigir intensa dedicação, sacrifícios e resistência física e emocional dos acadêmicos.

Dentro do contexto abrangente de estudar a natureza e as causas das doenças e, posteriormente, tratá-las e curá-las, o trabalho do médico concentra-se em duas principais vertentes: a da pesquisa e a da clínica. Em atividades de pesquisa o profissional usa seus conhecimentos a fim de descobrir as causas, os agentes e o tratamento de determinadas doenças. Na vertente clínica o médico está em contato direto com paciente e também investiga os melhores tratamentos para as doenças.

A Lei nº 12.842/2013, regulamenta o exercício da medicina e define:

O objeto da atuação do médico é a saúde do ser humano e das coletividades humanas, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo, com o melhor de sua capacidade profissional e sem discriminação de qualquer natureza.

O médico desenvolverá suas ações profissionais no campo da atenção à saúde para:

– a promoção, a proteção e a recuperação da saúde;
– a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças;
– a reabilitação dos enfermos e portadores de deficiências.

 

De acordo com a Resolução nº 2149/2016 do Conselho Federal de Medicina (CFM), são reconhecidas as seguintes especialidades médicas:

  1. Acupuntura
  2. Alergia e imunologia
  3. Anestesiologia
  4. Angiologia
  5. Cancerologia
  6. Cardiologia
  7. Cirurgia cardiovascular
  8. Cirurgia da mão
  9. Cirurgia de cabeça e pescoço
  10. Cirurgia do aparelho digestivo
  11. Cirurgia geral
  12. Cirurgia pediátrica
  13. Cirurgia plástica
  14. Cirurgia torácica
  15. Cirurgia vascular
  16. Clínica médica
  17. Coloproctologia
  18. Dermatologia
  19. Endocrinologia e metabologia
  20. Endoscopia
  21. Gastroenterologia
  22. Genética médica
  23. Geriatria
  24. Ginecologia e obstetrícia
  25. Hematologia e hemoterapia
  26. Homeopatia
  27. Infectologia
  28. Mastologia
  29. Medicina de emergência
  30. Medicina de família e comunidade
  31. Medicina do trabalho
  32. Medicina de tráfego
  33. Medicina esportiva
  34. Medicina física e reabilitação
  35. Medicina intensiva
  36. Medicina legal e perícia médica
  37. Medicina nuclear
  38. Medicina preventiva e social
  39. Nefrologia
  40. Neurocirurgia
  41. Neurologia
  42. Nutrologia
  43. Oftalmologia
  44. Ortopedia e traumatologia
  45. Otorrinolaringologia
  46. Patologia
  47. Patologia clínica/medicina laboratorial
  48. Pediatria
  49. Pneumologia
  50. Psiquiatria
  51. Radiologia e diagnóstico por imagem
  52. Radioterapia
  53. Reumatologia
  54. Urologia

 

O Conselho Federal de Medicina (CFM), fundado em 1951, tem a finalidade de fiscalizar e normatizar a prática médica no Brasil. Já os Conselhos Regionais de Medicina (CRM) são órgãos estaduais vinculados ao CFM que têm por finalidade, na área de sua jurisdição, manter o registro dos médicos legalmente habilitados e, nos limites de suas competências, supervisionar o cumprimento das normas da ética profissional e, ao mesmo tempo, julgar o exercício profissional do médico e disciplinar a categoria médica.

 

Fontes:

Conselho Federal de Medicina (CFM)

KAMIJO, Eduardo Delatorre et al. Escolha da medicina como profissão e perspectiva laboral dos estudantes. Revista Brasileira de Educação Médica, 45 (4): e216, 2021.

Observatório Juventude, Ciência e Tecnologia/Fiocruz

Sindicato Médico de Rondônia

Universidade Católica de Pelotas (RS)