PROMOÇÃO DA SAÚDE


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ASSIS, Mônica de; HARTZ, Zulmira M. A.; VALLA, Victor Vincent. Programas de promoção da saúde do idoso: uma revisão da literatura científica no período de 1990 a 2002. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 557-581, jul./set. 2004. Disponível em Scielo

O artigo mostra as experiências de avaliação em promoção da saúde do idoso a partir da revisão de programas na área. Fez-se busca bibliográfica em bases de dados, sites e periódicos especializados, no período 1990-2002. O critério de inclusão foi ser programa com foco multitemático com atividades educativas e/ou preventivas. Os estudos revisados revelam um campo multifacetado quanto às tendências teórico-metodológicas e às estratégias de pesquisa. Na experiência internacional predomina o estudo quase-experimental, enquanto no Brasil são comuns os relatos de experiências. As principais dimensões avaliadas nos estudos são a receptividade dos idosos, a melhoria de indicadores psicossociais, a aderência a recomendações comportamentais e o processo educativo. Nos resultados destacam-se a boa receptividade dos idosos e certa discrepância de efeitos na aferição quantitativa de indicadores. Os estudos qualitativos apontam caminhos para apreensão dos processos. Conclui-se que a avaliação em promoção da saúde do idoso é pouco desenvolvida no Brasil e a pesquisa de síntese dos programas pode ser parâmetro para o desenvolvimento das experiências em nosso contexto.

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CAMPOS, Gastão Wagner; BARROS, Regina Benevides de; CASTRO, Adriana Miranda de. Avaliação de política nacional de promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 745-749, jul./set. 2004. Disponível em Scielo

O artigo discute a promoção da saúde como uma estratégia importante para o enfrentamento dos problemas sanitários no contemporâneo e a melhoria da qualidade de vida da população em sua relação indiscutível com os compromissos éticos da política e do sistema de saúde brasileiros. Nele também são apresentadas as bases da Política Nacional de Promoção da Saúde que o Ministério da Saúde vem construindo.

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CARVALHO, Antônio Ivo; BODSTEIN, Regina Cele; HARTZ, Zulmira et al. Concepts and approaches in the evaluation of health promotion.Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 521-529, jul./set. 2004. Disponível em Scielo

The demands and tensions surrounding evidence-based policy (EBP) as part of results-based management have frequently indicated a gap between these concepts and the complex nature of health promotion interventions. This article discusses the challenges associated with the conceptual field of Health Promotion and the requirements for “proof” of effectiveness and efficiency faced by managers, evaluators, and local agents in the development of inter-sector health programs. The authors identify the limitations of epidemiological trials for the evaluation of social policies and use arguments related to “theories of change” in order to discuss the relationship of the “constructs” in the social policy intervention model and provide the basis for the “analysis of the contribution” of its effects. Systematic reviews of the “realist synthesis” type are discussed, due to their capacity for highlighting the theoretical framework of a specific program and explaining the underlying action mechanisms common to different programs and/or contexts. The authors argue that the expression and maintenance of expected social changes require the construction of collaborative processes, considering the set of (bottom-up) stakeholders involved in all stages of the process of developing and evaluating interventions.

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MOYSES, Samuel Jorge; MOYSES, Simone Tetu; KREMPEL, Márcia Cristina. Avaliando o processo de construção de políticas públicas de promoção de saúde: a experiência de Curitiba. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 627-641, jul./set. 2004. Disponível em Scielo

Intervenções de Promoção de Saúde apresentam caráter ampliado, envolvendo a colaboração e participação de diferentes atores e a utilização de múltiplas estratégias. Isto acrescenta complexidade às formas de medir o impacto das intervenções realizadas em termos de estrutura, processo e resultados. Este texto explora questões conceituais e proposições avaliativas focadas na intersetorialidade e na Promoção de Saúde, com base na experiência de Curitiba. A avaliação de processo, tomada como mensuração qualitativa das iniciativas de promoção de saúde na cidade, revelam a importância da participação social e coordenação intersetorial propiciada pelo poder público na condução das ações. O comprometimento dos vários atores envolvidos nos projetos intersetoriais coloca-se como questão crucial para a sustentabilidade das políticas públicas de promoção de saúde, apontando para a necessidade de formação de redes colaborativas, além de bases políticas e legislativas que permitam a continuidade das intervenções.

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PEDROSA, José Ivo dos Santos. Perspectivas na avaliação em promoção da saúde: uma abordagem institucional. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 617-626, jul./set. 2004. Disponível em Scielo

O artigo se propõe a levantar algumas questões para o debate em torno das perspectivas na avaliação em promoção da saúde tendo como referência a política de saúde no Brasil. A partir de conceitos da análise institucional, considera a avaliação e a promoção da saúde campos complexos e polissêmicos com diferenças conceituais, metodológicas e práticas que servem de analisadores para a situação atual. Aponta para a avaliação como dispositivo de aprendizagem que emerge do encontro dos atores envolvidos com a proposta de mudança, fundamental para a construção participativa da política de promoção da saúde.

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SALAZAR, Ligia de; GRAJALES, Constanza Díaz. La evaluación-sistematización: una propuesta metodológica para la evaluación en promoción de la salud. Un estudio de caso en Cali, Colombia.Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 545-555, jul./set. 2004. Disponível em Scielo

Un desafío en promoción de la salud es desarrollar métodos de evaluación que valoren procesos y resultados en su dimensión política, social y económica y en su contribución a la calidad de vida de las poblaciones, más allá de resultados numéricos. Este estudio presenta una propuesta metodológica de evaluación en promoción de la salud, aplicada a la estrategia Municipios Saludables, basada en la articulación evaluación-sistematización. La propuesta se diseñó y validó mediante su aplicación en el programa de Promoción de la Salud “Comuna Promotora de Salud”, realizado en Cali, con el apoyo de la Fundación Kellogg. La evaluación valoró la intervención y los resultados intermedios con relación a la aproximación a objetivos y metas. La sistematización facilitó la relación entre procesos y resultados con su contexto y motivó la participación. Se presenta la metodología, resultados intermedios, debates e hipótesis de la aplicación del modelo propuesto.