Em 2021, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou Resolução sobre Prevenção Global de Afogamento em que 25 de julho foi designado como o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento e a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi convidada a coordenar ações e facilitar a observância da data.
O afogamento é uma das principais causas de morte em todo o mundo para crianças e jovens de 1 a 24 anos. Todos os anos, cerca de 236.000 pessoas morrem afogadas.
Mais de 90% dessas mortes ocorrem em países de baixa e média renda, com crianças menores de cinco anos em maior risco. Os óbitos estão frequentemente ligados a atividades cotidianas e rotineiras, como tomar banho, coletar água para uso doméstico, viajar sobre a água em barcos ou balsas e pescar. Os impactos de eventos climáticos sazonais ou extremos – incluindo monções – também são uma causa frequente de afogamento.
A maioria dessas mortes é evitável por meio de soluções baseadas em evidências e de baixo custo, como:
– instalar barreiras que controlem o acesso à água;
– construir creches para crianças em idade pré-escolar e outras instituições de cuidados infantis seguras, longe da água;
– ensinar natação, segurança na água e habilidades de resgate;
– fazer treinamentos em resgate e ressuscitação seguros;
– definir e fazer cumprir os regulamentos de navegação segura;
– melhorar a gestão do risco de inundação.
O objetivo das comemorações da data é aumentar a conscientização sobre a prevenção de afogamentos e celebrar ações e iniciativas que estão sendo tomadas por organizações de salvamento de vidas em todo o mundo.
“Qualquer um pode se afogar, ninguém deveria – Faça algo para evitar o afogamento”, tema deste ano, é um convite para a realização de ações concretas na prevenção do afogamento, algo que todos podemos fazer, individualmente ou em grupo.
As mensagens-chave definidas pela OMS para a campanha de 2022, são:
Os indivíduos podem: compartilhar conselhos sobre prevenção de afogamento e segurança na água com suas famílias, amigos e colegas; inscrever-se para aulas de natação ou segurança na água ou apoiar instituições de caridade e grupos locais de prevenção de afogamento.
Os grupos podem: organizar eventos públicos para compartilhar informações sobre segurança hídrica; lançar campanhas de segurança ou comprometer-se a desenvolver ou fornecer novos programas de prevenção de afogamento, usando as melhores práticas recomendadas.
Os governos podem: desenvolver ou anunciar novas políticas, estratégias, legislação ou investimentos na prevenção de afogamentos; convocar mesas redondas multissetoriais ou discussões parlamentares sobre o fardo dos afogamentos e soluções; introduzir ou comprometer-se a apoiar programas de prevenção, nacional ou internacionalmente.
Para celebrar a data, a Organização Mundial da Saúde realizará um evento virtual global que conectará agências da ONU, governos, organizações e outros parceiros mundiais no assunto, para refletir sobre as principais conquistas e progressos alcançados desde o endosso da Resolução da ONU sobre Prevenção Global de Afogamento.
Informações sobre o webinar:
Data: quarta-feira, 27 de julho de 2022
Horário: Nova York 06:00/Genebra 12:00/Bangkok 17:00/Nova Delhi 15:30/Sydney 20:00
Inscrições podem ser feitas aqui!
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) aderiu à campanha e lançou o “Manual para adesão ao dia D”, que conta com dicas sobre como a sociedade e os voluntários podem compartilhar as suas ações de prevenção a afogamentos nas redes sociais e de forma presencial, no dia 25 de julho.
Com as temáticas “Qualquer um pode se afogar, ninguém deveria” e “Eu sou parte da solução e não do problema”, o documento traz links para que os voluntários e interessados na causa baixem gibis infantis sobre prevenção a afogamentos, vídeos para crianças e adultos sobre emergências aquáticas, bem como instruções simples sobre como compartilhar as dicas de forma presencial ou via redes sociais no “dia D”.
Segundo a Sobrasa, em 2019, 15 brasileiros morreram por afogamento por dia – o que representou cerca de 5,5 mil óbitos só naquele ano, com um brasileiro morrendo afogado a cada uma hora e meia.
A região Norte do país é a que apresenta a maior taxa de mortalidade por essa causa. O documento da Sociedade informa, ainda, que em nível mundial, os afogamentos estão entre as dez maiores causas de morte de crianças e adolescentes da faixa etária de 5 a 14 anos.
Fontes:
Agência Brasil
International Life Saving Federation (ILSF)
Organização Mundial da Saúde
Revista Emergência
