SEGURANÇA ALIMENTAR; PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA; PESSOAS MAL ALOJADAS; VULNERABILIDADE SOCIAL; INSEGURANÇA ALIMENTAR; ESTIGMA SOCIAL


054
LA CERDA, C. M. P. de et al. Acesso e qualidade da alimentação: percepção da população em situação de rua. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 37, p. eAPE02361, 2024. Disponível em Scielo

Objetivo: Compreender a percepção do acesso e da qualidade da alimentação para a população em situação de rua. Métodos: Estudo descritivo qualitativo, realizado em um Centro de Referência da População de Rua na região centro-sul de Belo Horizonte (MG). Utilizou-se roteiro semiestruturado para a realização das entrevistas de 18 participantes. A coleta de dados ocorreu entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. A análise temática do material, proposta por Bardin, possibilitou a elaboração de três categorias empíricas. Resultados: O público entrevistado era masculino, com idade média de 43 anos e tempo médio de situação de rua de 44,6 meses. O acesso à alimentação foi proveniente das doações de alimentos, refeições em instituições governamentais e aquisições ao dispor de renda. Foram relatadas dificuldades quanto à quantidade e qualidade dos alimentos, à aquisição das refeições nos fins de semana, aos sentimentos de medo e angústia perante a fome, à falta do alimento e pelo estigma social, agravados pela COVID-19. Conclusão: Diante do cenário de iniquidades sociais, o direito ao acesso à alimentação não é garantido, sendo necessária a implementação de políticas públicas de proteção social que garantam os direitos básicos.