Violência contra crianças e adolescentes – parte 1


Violência é tudo o que fazemos ou o que deixamos de fazer que provoque dano físico, sexual e/ou psicológico à criança ou ao adolescente.

Exemplos:

– violência física: beliscões, cintadas, chineladas, puxões de orelhas, uso da força física ao tocar na criança ou no adolescente;
– violência sexual: manipulação da genitália, exploração sexual, ato sexual com ou sem penetração;
– violência psicológica: rejeição, desrespeito, depreciação, rotulação, xingamento, cobranças e punições exageradas;
– negligência ou abandono: falha ou omissão em prover os cuidados, a atenção, o afeto e as necessidades básicas da criança ou do adolescente, como saúde e alimentação.

Indicações de que uma criança e/ou adolescente possa estar sendo vítima de violência:

– lesões físicas;
– doenças sexualmente transmissíveis (DST);
– problemas de aprendizagem;
– comportamento muito agressivo ou apático;
– comportamento extremamente tenso;
– afastamento, isolamento;
– conhecimento sexual inapropriado para a idade;
– negar-se a voltar para casa;
– idéias e/ou tentativas de suicídio;
– autoflagelação;
– fugas de casa;
– choro sem causa aparente;
– hiperatividade;
– comportamento rebelde;
– desnutrição;
– aparência descuidada e suja.

Atitudes que podem ajudar a criança ou o adolescente vitimizado:

– não culpá-la;
– mostrar que ela não está só;
– acreditar nela;
– deixar que ela fale sobre seus sentimentos;
– incentivar a procura de ajuda profissional;
– não criar expectativas que não sabe se poderão ser cumpridas;
– reforçar atitudes positivas da criança/adolescente;
– incentivar a autoconfiança;
– dizer e permitir que seja diferente;
– respeitar seu jeito de ser.

Tempos atrás as crianças e os adolescentes eram tratados com pouca ou nenhuma consideração. Posteriormente, muitos confundiram a relação mais aberta e afetuosa com falta de limites. Hoje em dia, há uma busca de equilíbrio, já que essas duas formas de tratar a criança/adolescente não trouxeram resultados satisfatórios.

O que fazer:

Tratar a criança/adolescente como pessoa em condição diferenciada de desenvolvimento. Ter claro, querendo ou não, que nós somos um modelo e que é preciso avaliar sempre nossa atuação. Saber que rigidez, autoritarismo, gritaria, não têm nada a ver com dar limites.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em dezembro de 2.007.

Fonte:

Ministério da Saúde. Prevenção à violência contra crianças e adolescentes