Violência contra crianças e adolescentes – parte 2


Orientações aos pais/responsáveis:

– discuta com seus filhos as regras e limites que considera importantes na educação deles. Assim terão a noção da importância de seguir regras e respeitar limites;
– converse sobre a vida sexual de seus filhos; dê a eles informações sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis;
– preste atenção ao comportamento de seus filhos; se houver mudanças, pergunte o que está acontecendo;
– não tenha vergonha, abra seu coração e se aproxime ao máximo de seus filhos, demonstre seu cuidado e preocupação;
– a melhor forma de educar é conversando, elogiando, incentivando e ressaltando tudo de bom que a criança/adolescente faz.

Os pais/responsáveis devem saber que:

– suas palavras, atitudes e atos de omissão podem ser prejudiciais;
– são exemplos para seus filhos;
– crianças e adolescentes precisam do apoio de seus pais ou responsáveis;
– não existe justificativa para a continuação dos maus-tratos.

Os direitos da criança/adolescente:

– direito de não ser maltratado;
– direito de sentir raiva pelas palavras que ouve e pancadas que leva;
– direito de escolher livremente;
– direito de mudar sua situação;
– direito de viver sem medo;
– direito de pedir e receber ajuda;
– direito de não estar isolado e de compartilhar seus sentimentos;
– direito de dizer o que pensa e sente;
– direito de não ser perfeito.

Refletindo …

– bater não é educar, pois mesmo que obedeça, a criança/adolescente não aprenderá verdadeiramente, apenas deixará de fazer certas coisas por medo de apanhar e não por respeito;
– apanhando, a criança/adolescente aprenderá a temer o maior, o mais forte ou o mais poderoso;
– aprenderá que a violência ou a força bruta é mais importante que a razão e o diálogo;
– pensará que ocultar ou esconder fatos pode dar bons resultados, evitando palmadas;
– verá o adulto, figura de quem a criança/adolescente espera proteção e amparo, como não sendo confiável;
– aprenderá que de quem se espera amor podem vir pancadas e agressões.

Ninguém precisa sentir dor para aprender:

– educar e ensinar limites são atos de amor e proteção, um dever importantíssimo dos pais;
– a educação baseada em violência, ameaças ou mentiras pode até ter resultados imediatos, mas ensinará apenas o medo e não o respeito. Poderá deixar marcas no corpo e na alma para o resto da vida;
– dizer sim ou não na hora certa, com firmeza e segurança; sendo firmes e constantes eles aprenderão o que é certo e o que é errado, dessa forma, estarão sendo preparados para a vida.

O que fazer para não perder a autoridade:

– cumpra o que diz (se prometeu, faça);
– seja coerente;
– cuidado com o que diz e com o modo como diz (critique o ato, nunca a personalidade ou a pessoa da criança/adolescente);
– evite usar rótulos, isto é, chamar diretamente ou falar da criança/adolescente como sendo burra, danada e outros adjetivos, além de frases do tipo: “tinha que ser você”. Embora pareçam inofensivas atitudes como estas podem influenciar negativamente causando danos à personalidade;
– lembre-se que a conquista do carinho e da confiança é primordial para o processo educativo.

As crianças e os adolescentes se desenvolvem pelas mãos de seus pais e responsáveis, aprendendo com tudo o que ouvem e vêem. É papel dos pais cuidar de seus filhos, promovendo sua saúde, estimulando seu desenvolvimento, ensinando regras de segurança, amor e respeito para que consigam crescer saudáveis e felizes.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em dezembro de 2.007.

Fonte:

Ministério da Saúde. Prevenção à violência contra crianças e adolescentes