ÁGUA POTÁVEL


DESINFECÇÃO DA ÁGUA; ECOSSISTEMA AMAZÔNICO; ESCHERICHIA COLI; RISCO À SAÚDE HUMANA

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JESUS, Francisca Oliveira de; BENTES, Valéria de Sousa; SEGURA-MUNOZ, Susana Inés; MESCHEDE, Marina Smidt Celere. Eficácia das medidas domiciliares de desinfecção da água para consumo humano: enfoque para o contexto de Santarém, Pará, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, [online], v. 39, n. 2, e00205322, 2023. Disponível em Scielo

Na região Amazônica, cidades como Santarém, no Estado do Pará, Brasil, ainda carecem de Estações de Tratamento de Água para atender toda a população. Nesses locais, medidas domiciliares de desinfecção da água são importantes para preservar a potabilidade e evitar efeitos indesejáveis na saúde. Este estudo avaliou experimentalmente o efeito das medidas domiciliares na eliminação de Escherichia coli em amostras de água. As técnicas avaliadas para esse trabalho foram: (i) hipoclorito de sódio 2,5%; (ii) fervura; (iii) filtro de cerâmica; e (iv) exposição solar. Foram testadas amostras, combinando-se diferentes concentrações de E. coli (entre 3 e 100 unidades formadoras de colônias/100mL). Os resultados mostraram que as medidas domiciliares de desinfecção foram eficazes na eliminação da E. coli, com exceção do filtro de cerâmica, cujas amostras de água, mesmo após a filtragem, apresentaram-se positivas para o crescimento da bactéria. Considerando que a distribuição da água tratada não chega à maior parte da população que reside em Santarém e em áreas periurbanas, como em comunidades quilombolas e ribeirinhas, o uso das medidas como hipoclorito de sódio 2,5%, fervura e exposição solar poderão favorecer a promoção da saúde e diminuir a ocorrência de surtos de doenças diarreicas veiculadas pela água.

  

SERVIÇOS LABORATORIAIS DE SAÚDE PÚBLICA; SAÚDE AMBIENTAL; NORMAS DE QUALIDADE DA ÁGUA; MODELOS DE QUALIDADE DA ÁGUA

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RODRIGUES, Elô de Oliveira et al. Desafios dos laboratórios públicos da área de saúde ambiental para implantação e manutenção dos requisitos de normativas da qualidade para monitoramento da água de consumo humano. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, [online], v. 30, n. 4, p. 606-614, out./dez. 2022. Disponível em Scielo

Introdução: O Ministério da Saúde (MS) é responsável pela vigilância da qualidade da água de consumo humano. A confiabilidade nos resultados do monitoramento de parâmetros analíticos minimiza riscos à saúde pública. Objetivo: Retratar aspectos funcionais, a aplicação de ferramentas da qualidade e a aderência dos laboratórios públicos que atuam no monitoramento da água de consumo humano aos requisitos da norma ABNT NBR ISO/IEC 17025. Método: A pesquisa foi realizada com 30 laboratórios públicos de todas as regiões do país, respondendo a um questionário elaborado com 49 perguntas sobre a formação e capacidade dos profissionais, garantia da validade dos resultados e sobre a determinação de parâmetros da qualidade da água. Resultados: Dos 161 profissionais, 46% possuem mais de 10 anos de experiência e 65% têm formação superior. Capacitações específicas foram requeridas por todos. A validação dos métodos analíticos não foi realizada por 59%. Materiais de referência certificados são acessados por 41% e apenas 18% têm facilidade em adquiri-los. A participação em ensaios de proficiência foi reportada por 68% dos laboratórios, mas com poucos parâmetros avaliados e dificuldades em contratar provedores. Conclusão: Evidenciou-se a necessidade de ações para fortalecimento da metrologia em laboratórios públicos que atuam na vigilância da qualidade da água.