Línguas de sinais nos unem! 23/9 – Dia Internacional das Línguas de Sinais


 

O Dia Internacional das Línguas de Sinais é uma oportunidade única para apoiar e proteger a identidade linguística e a diversidade cultural de todos os surdos e outros usuários da língua de sinais. Durante a celebração da data, em 2022, o mundo mais uma vez destacará a unidade gerada por elas.

De acordo com a Federação Mundial de Surdos, existem mais de 70 milhões de surdos em todo o mundo. Mais de 80% deles vivem em países em desenvolvimento. Coletivamente, eles usam mais de 300 línguas de sinais diferentes.

 

Essas línguas são naturais e estruturalmente distintas das línguas faladas. Há também uma língua de sinais internacional, que é usada por surdos em reuniões internacionais e informalmente quando viajam e socializam. É considerada uma forma não tão complexa quanto as naturais e tem um léxico limitado.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (em inglês) reconhece e promove o uso das línguas de sinais. Deixa claro que elas são iguais em status às línguas faladas e obriga os Estados Partes a facilitar o seu aprendizado e promover a identidade linguística da comunidade surda.

No Dia Internacional são celebrados os esforços coletivos  de pessoas surdas, governos e representantes da sociedade civil, para reconhecer e promover as mais de 300 línguas de sinais nacionais diferentes em todo o mundo.

23 de setembro é a data de criação da Federação Mundial de Surdos, em 1951 e o Dia Internacional das Línguas de Sinais foi celebrado pela primeira vez em 2018.

 

A linguagem de sinais é um sistema de representação simbólica das letras do alfabeto, soletradas com as mãos, mas não se resume a uma cartilha com alfabeto manual. Ela tem gramática própria e estrutura linguística composta por aspectos fonológicos, morfológicos e léxicos.

Nessa língua existem sinais para quase todas as palavras conhecidas e para a execução dos sinais usa-se o movimento das mãos, além das expressões facial e corporal, quando necessário.

A história da Língua Brasileira de Sinais (Libras) se inicia quando Dom Pedro II, então imperador do Brasil, criou o Instituto Nacional de Educação de Surdos, no século XIX. A instituição criou a Libras a partir de uma mistura da Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos surdos brasileiros.

É uma língua completa com todos os requisitos pertinentes, como, gramática e semântica, atendendo a requisitos científicos.

Pode ser aprendida por qualquer pessoa e como qualquer outro idioma exige dedicação e imersão na comunidade surda. Aprender Libras sem conhecer a cultura surda distancia o intérprete do surdo e prejudica a tradução das ideias, pois, diferentemente de outros idiomas é necessário expressar sentimentos durante a interpretação, condição essencial para dar contexto e sentimento ao assunto tratado.

No Brasil, a Lei nº 10.436/2002 reconheceu a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão e determinou o apoio à sua difusão e uso pelo poder público.

 

Fontes:

Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE
Instituto Federal do Espírito Santo
Organização das Nações Unidas (ONU)
World Federation of the Deaf